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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Ainda bem que Brasil não é uma Ilha

Nem a tecnologia em 3D é capaz de fazer o homem enxergar o outro por trás de suas máscaras, que são muitas. Daí a importância de se ter cuidados ao lidar com o seu semelhante e, mais ainda, escolher um líder. A história está cheia de exemplos do quanto é perigoso idolatrar figuras carismáticas que através de seus discursos, de seus sorrisos, escondem as suas verdadeiras intenções. Desde os primórdios o ser humano tem essa necessidade de criar mitos, algo que esteja acima dele, para se sentir protegido e justificar sua existência no mundo. Fica mais fácil viver acreditando num Deus, que criou tudo e a todos protege. Mas em se tratando do seu semelhante a idolatria pode trazer grandes decepções e até mesmo catástrofes. Não existe justificativa nenhuma em exterminar seres humanos em nome de uma ideologia, muitas vezes utópica, como essa de igualar uma sociedade através de crenças religiosas, políticas ou raciais, desprezando as diferenças pessoais e desrespeitando os direitos sociais de um povo. Ninguém é obrigado a aceitar viver sob a maestria de alguém que põe os seus próprios interesses e vaidade  acima de tudo e de todos, simplesmente por desejo de poder. 


No caso de Cuba, ao meu ver,  não há mérito nenhum para um  governante que se perpetuou no poder e deixou como saldo centenas de pessoas assassinadas, outras expulsas de seu país, por discordarem de seus ditames, e um povo empobrecido, que fica  vendo seus desejos reprimidos, tendo que usar de artifícios muitas vezes constrangedores, para poder sobreviver no seu dia a dia, enquanto seu ditador era o sétimo mandatário mais endinheirado do mundo, segundo a revista FORBES. E fico perplexa de ver pessoas, que se dizem esclarecidas, políticos ou não, enaltecerem o líder Fidel Castro, agora morto, por seus feitos "positivos". Que feitos? De que adiantou zerar  o analfabetismo se o povo não tem direito a opinar, de expressar seu pensamento? E a tal melhoria da medicina? Como vivem os médicos na Ilha  Castrista? Por que eles preferem exercer sua profissão em outros países? O mérito de Fidel  está no fato dele ter renunciado em 2011e reconhecer que o Socialismo precisa ser revisto,  que houve equívocos, dando oportunidade ao seu sucessor de retificar os erros, como tem procurado fazer o seu irmão Raul Castro, aliando-se ao seu arque-inimigo e invejado Estados Unidos da América. Espero que o sucessor realize as reformas que o povo cubano almeja.

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