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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Meninas más

Alguma coisa está fora da ordem mundial, como diz a música de Caetano Veloso. Meninas agressivas nas Escolas, obrigando colegas a fazerem parte de suas tribos na base do bullyng e da agressão física, e o que é pior, com a indiferença da diretoria do estabelecimento de ensino. Espero que essa moda não chegue aqui na Bahia. Ensinei durante 25 anos em escolas públicas, fui vice-diretora e nunca vi nada parecido. A indisciplina era mais comum nos garotos, mas nada que não pudesse ser contornado com uma boa conversa entre professores, alunos e pais. Assisti ontem a um noticiário de estarrecer, onde foi mostrado adolescentes com os rostos desfigurados por meninas que dominam e aterrorizam as colegas, que se calam com medo de um revide pior.
Onde está o erro? Qual o papel real das escolas? Tanto agressor quanto agredido estão a deriva, sendo educados pela mídia televisiva e virtual, onde os exemplos são os piores possíveis. Difícil apontar um culpado.
As famílias, muitas vezes dirigidas apenas pelas mães, são vítimas impotentes desta era pós internete e globalização da banalidade da violência e de outros absurdos. Urge parar tudo e começar de novo, com novas propostas e com pessoas que realmente estejam comprometidas com a educação, não só a nível das escolas, mas a nível de estado. As mulheres estão tomando espaço em tudo, o que é louvável. Mas ter comportamento agressivo comum ao sexo masculino, que é dotado do hormônio testosterona, não tem sentido. Aconselho a educadores e pais de adolescentes a acompanharem mais de perto,também, essa turma das baladas regadas a bebidas alcoólicas, cujo resultado pode desembocar nas salas de aulas.

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