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sábado, 28 de julho de 2012

"Agora é pensar no próximo jogo"

"Cometemos alguns erros, agora é pensar no próximo jogo". Esta expressão é comum em entrevistas dadas por jogadores de futebol logo após o jogo terminado, principalmente se houve derrota. Mas há casos em que, mesmo após uma vitória, eles expressam essa insatisfação. É que há vitórias e vitórias. Quando, por exemplo, um 3X2 é de virada, em que um time estava perdendo de 2X0 e  no final vira o jogo, essa vitória tem um valor, é comemorada ostensivamente, com danças do tchu,tcha,tchu, gestos para a torcida etc. Mas quando o time que estava ganhando de 3X0 no primeiro tempo e, no segundo, toma dois gols por descuido, ou por achar que a partida já está ganha, como foi o caso da seleção brasileira na última partida nos jogos das olimpíadas de Londres, aí a vitória tem gosto de derrota. Não sou nenhuma expert em futebol e por isto só gosto de falar dele sob o ponto de vista filosófico. O bom do futebol é justamente sua imprevisão. Se já soubéssemos antes qual seria o resultado do jogo não teríamos o interesse que temos em assistir a uma partida. Por este motivo não sou muito a favor de certas regras do futebol em que o adversário já entra com vantagem sobre o outro, só porque ganhou no campo do anfitrião. Também não acho graça em duas finais, uma lá e outra cá ou vice versa. Bom mesmo é quando podemos assistir a um jogo dinâmico em que ambas as partes jogam com vontade de ganhar e com criatividade, sem preguiça. Não gosto da técnica de jogo da seleção da Espanha ou do Barcelona do craque Messi, porque é muito previsível, cheio de toquinhos de bola, parado, como se eles estivessem numa tourada tentando cansar o adversário ouvindo os olés da platéia. Gosto de jogo corrido, com jogadas rápidas e inteligentes. Gosto do futebol em si, não sou fanática por time nenhum e muitas vezes mudo de torcida, ou seja, quando um time está perdendo  torço para que ele melhore e faça um gol no outro. Apesar de achar a disputa por penalti emocionante não acho justa. Ter que decidir um campeonato por chute direto ao gol depois de uma exaustiva partida com prorrogação é muito ingrato. E o pobre jogador que, por emoção, erra o chute tem sua carreira manchada por resto da vida. Mesmo que tenha sido um craque vai ser sempre lembrado como aquele que perdeu o penalti e fez seu time perder o campeonato. Outra coisa que me aborrece no futebol é quando se culpa o técnico pelo mal desempenho do jogador em campo. Nem dão tempo para que ele se adapte ao time que acaba de assumir para dirigir e logo o demitem trocando-o  por um salvador da pátria, até provar o contrário. Bom seria se o técnico pudesse contar com um controle remoto e chips para manipular  a jogada do jeitinho que ele orienta seus discípulos.



Em Tempo: Confirmando o que falei acima, hoje, dia 4/08/2012 a seleção brasileira ganhou de 3X2 de virada, da seleção de Honduras, e o gosto da vitória foi bem melhor.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A importância da harmonia familiar



A palavra família é originada do latim, famulus, e significa escravo doméstico, termo criado na Roma Antiga usado para classificar um novo grupo social surgido nas tribos latinas, ao serem introduzidas na agricultura e na escravidão legalizada.


Na História da Humanidade ocorreu inúmeras mudanças demográficas e geográficas, resultando numa estrutura familiar existente hoje, com adaptações próprias visando a sobrevivência. Podemos definir família como um grupo de pessoas do mesmo sangue, ou unidas por casamento, adoção. É também uma instituição formada por uma série de pactos aceitas pelos seus membros: afiliação,agregamento, aliança etc. Apesar dela ser resultado e consequência de transformações através dos tempos, é também um agente transformador. Diz-se que a família é uma célula básica ou fundamental de uma sociedade. Ela revela, no seu âmago, o macrossocial onde atua. Cada família tem características próprias, particulares, no âmbito socioeconômico, afetivo-cultural. De acordo com estudos antropológicos e sociopsicológicos, podemos dizer que a estrutura familiar se desenvolveu, se consolidou e se mantém devido exatamente a função e importância de conservar valores, comportamentos, crenças, regras, ações e fundamentações para um convívio entre seres racionais. Mas, todo organismo vivo é mutante e a família pode apresentar situações de harmonia, e também de desarmonia entre seus membros sem que isso seja traduzido obrigatoriamente como um grande problema. Essas oscilações são comuns em qualquer instituição. Porém, essas situações podem desencadear emoções conflituosas trazendo como consequência um desequilíbrio. É muito preocupante quando, numa família, as situações de desarmonias ou conflitos são muito intensas, frequentes e prolongadas, pois isso pode ser traduzido como interações patológicas, e, frequentemente os indivíduos acabam por adoecer. É a família responsável não só pela formação como também pela distorção e deformação de seus membros, que irá demonstrar isso dentro das micro e macroestruturas. A formação de um indivíduo seguro, centrado, atuante com capacidade de discernir e resolver situações de conflitos estressantes, depende de fatores ligados ao vínculo familiar e também social. Famílias desestabilizadoras propiciam processos de desajuste no indivíduo ou no grupo.


Hoje em dia, com o aumento da expectativa de vida, tendo como resultado um aumento do número de idosos e suas consequências na saúde, mas do que nunca faz-se necessário uma família unida e organizada. Na família organizada o grupo todo sente-se responsável e solidário para enfrentar a situação. É claro que diante de uma situação de patologia na família ocorre mudanças significativas nas vidas de seus membros, tendo eles que se adaptar às novas formas de conduzir o dia-a-dia que repercute no estilo de vida de cada um. Mas, quando o individualismo e a falta de união impera alguém vai sair prejudicado.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

CUIDADO COM A DITADURA DA BELEZA

Quando leio artigos sobre culto a boa forma do corpo e sua relação com o sucesso,  escritos em revistas  de cunho jornalístico consideradas sérias, fico me perguntando: o que  está por detrás disso? 
 Talvez o interesse das indústrias de cosméticos, academias de ginásticas e vendas de suplementos alimentares que patrocinam a mídia televisiva e impressa.
O que tem a ver um corpo esbelto, magro, ou musculoso, com o bom desempenho na profissão, no mercado de trabalho e sua aceitação na sociedade? Quem foi que estabeleceu que o gordinho tem menos chance que o magro na hora de arranjar um emprego, se ele for mais bem preparado intelectualmente que o outro? Condena-se tanto os preconceitos hoje em dia, fala-se em respeito às diferenças em relação a pessoas com necessidades especiais, deficientes físicos, homossexuais etc.  e ao mesmo tempo estimulam o culto ao corpo como sendo a porta de entrada para o sucesso. A ditadura da beleza cria uma sensação de exclusão, se você não for igual aos modelos que aparecem nas revistas, nas novelas ou nos programas de falação, muito em moda agora na televisão. O politicamente correto é ser belo. Então, aquele menino ou menina que não se enquadra no padrão atual de beleza sofre bullyng na escola, com consequencias muitas vezes desastrosas. O que estamos precisando é de um país mais justo, mais igualitário com educação e saúde de boa qualidade. A mídia deveria dá mais espaços para os protestos contra o descaso na saúde pública,  porque é a falta dela que faz com que as pessoas aparentem menos belas que aquelas que podem ter acesso a um bom plano de saúde e se alimentar corretamente. De nada adianta dizer que o excesso de carboidrato é prejudicial, que causa obesidade, porque o pobre, na hora da fome, apela mesmo é para o pão, que ainda é o mais accessível financeiramente. Essa ditadura da beleza tem levado muitas adolescentes à clínicas de cirurgia plástica, para ficarem com os seios e o bumbum dentro dos padrões estabelecidos por aqueles "formadores de opinião" do sucesso. Muitas vezes correndo risco de vida, por apelar para clínicas mais baratas e até mesmo clandestinas. Até os rapazes estão apelando para o silicone no tórax a fim de parecerem "sarados". Quem ganha com isso? Não é preciso responder.
É preciso cautela na hora de editar certos artigos referentes à beleza. Não digo censurar, mas ter auto-crítica. É claro que a aparência influi na hora de pleitear um emprego, mas ninguém precisa ter uma performance de modelo, a menos que seja para desfilar nas passarelas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cuidado com as linguiças

Texto de Darcy Brito
A linguiça fresca está entre os embutidos mais fabricados no Brasil, já que sua produção não exige grandes tecnologias. Muitas vezes ela é preparada em pequenas indústrias ou até mesmo artesanalmente em casa, que, casualmente, empregam matéria-prima, utensílios e condimentos contaminados. A contaminação mais comum nesse tipo de alimento é feito pela bactéria patogênica Staphylococcus aureus. A contaminação da carne suína - mais usada no preparo de linguiça - pela S.aureustem sido constatadas em estabelecimentos comerciais de varejo em todo Brasil, causando problemas sistemáticos na saúde. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, dos 13 quilos per capta de carne consumido no Brasil, 10 kg são de embutidos, como linguiças, salsichas e presuntos. Os níveis de sal de cura, (adição de sal, açúcar, condimentos e compostos, como nitritos e nitratos), para conservar a carne por mais tempo, são insuficientes para combater a S.aureus. É possível eliminar as bactérias de um alimento contaminado, mas, devido a alta resistência térmica, ainda não existe métodos eficazes para eliminar a toxina causada pela bactéria, que pode permanecer no alimento mesmo após o cozimento em alta temperatura. O melhor método de prevenir a contaminação ainda é a higiene, ou seja, ambiente limpo, equipamentos higienizados e profissionais com roupas adequadas, toucas, luvas de borracha, etc.. As doenças causadas pela S.aureus decorrem da produção da toxinas devido a multiplicação das bactérias.Como exemplo temos a gastroenterite estafilocócica, que provoca dores abdominais, vômitos e diarreia, devido a  presença de enterotoxinas na comida ingerida. Apesar do quadro de intoxicação poder ser controlado em 24 horas, os grupos vulneráveis como idosos e crianças podem correr risco de morte. ( para saber mais leia em Ciência Hoje, de julho de 2009, nº44, o artigo Perigo Oculto)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os apartheids das cidades


Texto de Darcy Brito

Alguns arquitetos urbanistas culpam essa tendência de separar as pessoas por classe social em condomínios fechados, como uma das razões da violência ter crescido e se tornado corriqueira até mesmo em cidades de interior, antes quase imunes a este fenômeno.
Lembro-me bem que, quando criança, os bairros e as ruas das cidades eram de grande diversidade social. Podíamos encontrar do sapateiro ao doutor. A convivência era harmoniosa e até mesmo facilitadora, pois, se faltava algum ingrediente na cozinha na hora da preparação do almoço, corria-se rapidamente à quitanda da esquina para comprar o coentro. E todos se conheciam. Se o sapato apresentava algum problema, existia um sapateiro por perto. E, assim,  o sapateiro ganhava seu dinheirinho e o vizinho tinha seu problema resolvido. Não havia essa coisa de bairros, ruas e condomínios fechados.

As cidades foram criadas com o objetivo de integrar. Os espaços físicos são para ocupações e uso sociais. Barreiras significam delimitar quantidade e qualidade, e isto não é saudável, pois a monocultura é prejudicial até mesmo na agricultura, onde muitas vezes uma praga dizima toda a plantação de uma mesma espécie. A cidade deve ser projetada para as pessoas, com calçadas largas facilitando a locomoção e circulação dos seus cidadãos, inclusive os portadores de necessidades especiais. Hoje existem condomínios fechados até com escolas dentro, onde alunos de uma mesma “classe social” vivem fechados e desconfiados do garoto que vende balas e doces fora do seu portão. No meu tempo, o baleiro subia à varanda do meu sobrado para que minha mãe escolhesse o que queria comprar. A vizinhança era formada de médicos, alfaiates, engenheiros, advogados, encanadores, juízes, professores, pintores de paredes, padeiros, parteiras, rezadeiras, quitandeiros, cabeleireiro etc., e até mesmo uma ‘’banquinha do jogo do bicho’, para quem gostava de arriscar a sorte, sem nenhuma ligação com o atual tráfico de drogas, estes, comuns nas favelas ou “comunidades” das grandes cidades, rodeadas de condomínios de luxo. Quando todas as classes sociais se sentem integradas numa mesma comunidade, desfrutando das praças públicas, avenidas, bancos, igrejas, escolas e estabelecimentos comerciais, as diferenças ficam atenuadas e o ganho cultural é maior. Podemos notar uma separação de classes até mesmo nos shoppings, a depender do piso ou das alas. Pergunto: Como não acirrar a inveja dos que se sentem excluídos?
É claro que a situação não é de fácil resolução, dado ao estado em que chegou, com o crescimento desordenado das cidades e o descaso dos poderes públicos com os seus cidadãos.
Mas, como diz o pensador Berthold Brecht (1898-1956), Nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar. Portanto devemos incentivar os arquitetos urbanistas que ainda acreditam numa cidade mais humana, onde o cidadão é mais importante que os automóveis e os condomínios de luxo que confinam seus moradores.

domingo, 8 de julho de 2012

OS PERIGOSOS COMPOSTOS QUÍMICOS DOS PLÁSTICOS

Artigo  resumido da revista Ciência Hoje de maio de 2012,de Sonia Corina Hess 

texto Darcy Brito

Eles ainda estão sendo investigados, mas, suspeita-se, que seus efeitos no organismo humano seja de importância relevante no que diz respeito aos danos causados à saúde nas últimas décadas.
O componente tóxico bisfenol A (BPA) tem sido a substância química de maior produção no mundo, empregado na fabricação de plásticos, presentes em muitos objetos tipo mamadeiras, garrafas de água mineral, resinas odontológicas, latas de conserva, tubos para água, CDs e DVDs, impermeabilizantes de papéis e tintas. Esses materiais ao sofrer ação de processos físicos ou químicos liberam bisfenol A  em alimentos, bebidas e meio ambiente.
Essas substâncias são suspeitas de atuar como hormônios artificiais ou de interferir no sistema endócrino, levando a doenças e disfunções em adultos e crianças além de malformações embrionárias. Na mulher a exposição a substâncias deste tipo é responsável por endometriose e câncer de útero. No homem pode causar câncer,  levar a impotência, diminuir o desejo sexual, os níveis de hormônio masculino no sangue e do número de espermatozóide e induzir ao aumento das mamas(ginecomastia ).Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostrou que as concentrações de BPA, em fluidos corporais humanos, são pelo menos mil vezes maior  que as concentrações necessárias para a ocorrência dos efeitos em células citados nos estudos científicos. Os elevados níveis de BPA nos cordões umbilicais, no soro materno durante a gravidez e no fluido amniótico uterino são bastante preocupantes porque é o período de maior sensibilidade do feto aos efeitos danosos dos interferentes hormonais.
Também os ftalatos, aplicados  no PVC  e materiais de construção, móveis, roupas, adesivos, solventes, inseticidas, repelentes e perfumes etc., tem sido usado em larga escala colocando em risco tanto pessoas como animais domésticos e selvagens, devido à inalação, ingestão, absorção pela pele, ou, ainda, pela administração intravenosa, já que bolsas e mangueiras de PVC contendo ftalatos também são usados em clínicas e hospitais, inclusive na hemodiálise  e fornecimento de oxigênio.
Além dessas substâncias citadas temos ainda os alquifenóis ( octilfenol e nonilfenol), matéria prima  muito perigosas, usadas na fabricação de detergentes, pesticidas, herbicidas, cosméticos, tintas e muitos outros produtos domésticos.
Apesar de todo esse conhecimento, as restrições legais ao uso desses produtos na fabricação de plásticos ainda são pequenas. No Brasil a Anvisa, proibiu em 2011 a fabricação e venda de mamadeiras que contenham bisfenol. A legislação brasileira estabelece limites de uso de algumas substâncias químicas para fabricação de embalagens em contatos com alimentos e limites de migração para alimentos embalados. Mas  no que diz respeito aos ftalatos, apenas  prevê restrição e não proibição.

sábado, 7 de julho de 2012

CUIDADO COM O AMENDOIM!



Foto Reprodução



O amendoim costuma ser contaminado por uma substância altamente tóxica chamada aflatoxinas, produzidas por fungos (micotoxinas) e que é motivo de preocupação para a saúde publica mundial, já que os grãos podem ser contaminados ainda na colheita ou depois dela, no transporte ou armazenamento do produto. Os fungos responsáveis pela contaminação são principalmente os Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que são consideradas as micotoxinas mais tóxicas ao homem. As aflatoxinas não são destruídas pelo calor e são solúveis em óleo, e o amendoim torrado ou os derivados dele, como a paçoca, óleo e manteiga de amendoim, se forem feitos com os grãos contaminados podem causar risco à saúde. Um exemplo é o câncer de fígado, em populações com alta taxa de hepatite B, principalmente quando consumido durante muitos anos. Mas o consumo em grandes quantidades, em apenas um dia, do alimento contaminado, pode causar a aflatoxicose, causando dano agudo ao fígado e que também pode levar à morte.

Não há como saber se o amendoim esta contaminado, a não ser em exames de laboratório.
Também tem sido detectada a aflatoxna em produtos alimentícios originários de animais alimentados com ração contendo a toxina. Principalmente leite e seus derivados.
É importante verificar se a embalagem do produto contém um selo da Associação Brasileira de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB). Embora iso só garanta em parte a qualidade do produto.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Qual a diferença entre a idade cronológica e a idade biológica?



O envelhecimento é onipresente não só no mundo material como no mundo vivo. Todos nós sabemos que só não envelhece quem morre jovem. Não é apenas um passar do tempo. Envelhecer é passar por modificações biológicas que ocorrem ao longo do tempo. Muitas vezes essa modificação não é logo percebida, mas sabemos fazer uma diferença entre um idoso e um jovem pela sua aparência. Mas será que sabemos distinguir a idade cronológica de uma pessoa da sua idade biológica. Será que existe uma forma de medir a diferença entre uma e outra? Nas árvores podemos determinar sua idade contando seus anéis anuais. Nos peixes contando as camadas de escamas que eles possuem. Mas nos seres humanos e na maior parte dos outros animais não há uma medição. Usamos a certidão de nascimento para medir a idade cronológica dos humanos, mas ela especifica apenas o tempo, ou seja, quantos anos se passaram a partir de um determinado ponto. Mas o tempo em si não determina os efeitos biológicos. Estes eventos ocorrem "no" tempo mas não "devido" à passagem do tempo. Em cada um de nós as modificações biológicas ocorrem em ritmos diferentes a partir do nascimento. Daí algumas pessoas aparentarem mais jovem ou mais velhos que sua idade cronológica. Cada um de nossos tecidos ou órgãos tem seu relógio biológico independente, trabalhando em ritmos diferentes dos demais. Por causa disso uma pessoa pode ser considerada mais jovem ou mais velha biologicamente que outra , vai depender da velocidade média do seu relógio biológico. Medir a idade biológica ainda é um desafio por causa do excesso de variabilidade individual nos possíveis marcadores do envelhecimento. As diferenças, de um modo geral, não estão relacionadas com a idade. Temos o exemplo das mulheres que por serem menores que os homens têm uma capacidade vital menor, mas apesar disso, em geral, vivem mais que os homens. Ainda bem, porque se soubéssemos medir a idade biológica iríamos calcular o dia de nossa morte a cada aniversário.

Se você perguntar a um chinês quantos anos ele realmente tem, vai ficar difícil de calcular porque eles se baseiam pelo calendário lunar. Um mês lunar tem 29,5 dias. Portanto fica fora de sincronização com o nosso calendário solar ocidental de 365,25 dias. A expectativa de vida hoje dos brasileiros já passa de 73 anos. Porém, melhor que se especular sobre a expectativa de vida, seria estudar a expectativa de saúde ou de vida ativa do ser humano.

Mulheres que atravessaram o século

Fazendo parte desta Coletânea  Por detrás de uma grande conquista existe uma grande história. Ao me deparar com uma foto da minha primeira C...