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domingo, 28 de novembro de 2010

O Céu é um Inferno

Sempre tive muita curiosidade a respeito de tudo que se relaciona com o universo e sua formação. Suas galáxias e estrelas, seus planetas e as leis físicas que os rege. Por isso não deixo de ler os artigos interessantes que me caem às mãos. Recentemente li um artigo muito divertido, na revista Ciência Hoje, da qual sou assinante, escrito por João Torres de Mello Neto, do Instituto de Física da UFRJ, onde ele diz que "o céu de Galileu com seus fenômenos catastróficos, dificilmente poderia ser sonhado por um poeta". Coincidentemente esta afirmação vem de encontro ao que eu sempre imaginei a respeito do céu. Ou seja, é lindo de longe. A começar pela explosão inicial, o big-bang. Diz o artigo que as estrelas são palco de uma luta intensa entre a força de autogravitação, que tende a comprimi-las, e as reações nucleares em seu interior, que equilibram a gravitação. Quando o combustível nuclear se esgota algumas estrelas explodem em morte violenta e outras lentamente escurecem; as mais massivas terminam em buracos negros. Hoje em dia, segundo os astrônomos, sabemos que no centro da maioria das galáxias habita um buraco negro supermassivo que suga toda a massa e a luz ao seu redor onde o tempo para. Inclusive no centro da nossa galáxia, onde está o planetinha Terra, existe um buraco negro milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol. Quanto mais se descobre a respeito da matéria escura mais aumenta nossa ignorância e curiosadade sobre o que constitui grande parte do universo.
Se pensarmos nos milhares de meteoritos, fragmentos de corpos interplanetários ( restos de matéria da época da formação do sistema solar) que bombardeiam a atmosfera terrestre continuamente, numa proporção de 1 mil toneladas por dia de material cósmico, dos mais variados tamanhos, como o que caiu  em Varre-Sai, em Campos (RJ),  com 12 cm de diâmetro e 600 gr (pequeno) podemos afirmar que o céu é um inferno.

sábado, 27 de novembro de 2010

Natal Solitário


Darcy Brito

Conto

Dalva, uma operária de meia idade, morava só, num bairro de periferia na grande cidade de S. Paulo, num apartamento de fundos que visualizava outros iguais ao seu. Trabalhava o dia inteiro numa fábrica de laticínios e ainda faltavam alguns anos para a sua aposentadoria. À noite, de volta para casa, costumava contemplar, pela janela do ônibus, a cidade com seu comércio fervilhante.
Era entre véspera de Natal, as vitrines iluminadas com lâmpadas natalinas a fez refletir, e se deu conta de que não havia armado a sua costumeira árvore de natal..
Ao chegar, cansada e meio ofegante, colocou a bolsa em cima do sofá e foi em busca da sua pequena árvore de natal que ficava guardada no maleiro do seu guardarroupa, ainda com os penduricalhos armados e sem o brilho dos outros Natais. Subiu num banquinho, não sem sacrifício, evidenciando as grossas varizes nas pernas, que as tornavam doloridas, pegou sua velha árvore embalada num saco plástico azul de lixo, e a colocou sobre a mesinha em frente ao sofá, cujo forro de corine marrom já apresentava sinal de desgaste. Era aí que ela assistia aos programas de televisão enquanto tomava seu café com leite e pão com mortadela.
Após ajeitar os enfeites e os galhos retorcidos da árvore, rememorou, como de costume, os Natais antes de enviuvar e os filhos caírem no mundo, como dizia ela: "eram mais alegres, apesar de pobre havia uma pequena ceia e as crianças ganhavam uns presentinhos do Papai Noel da fábrica, nas festas de fim de ano Hoje, só resta esta árvore. Para quem apreciar?- ela se perguntava já com os olhos lacrimejantes. Aí, tomou uma decisão: a partir de hoje não haverá mais árvore de Natal, vou doar para alguém, ou melhor, vou jogá-la no lixo.
Recolocou a arvorezinha no saco, dirigiu-se até a porta do prédio e jogou-a no tonel, junto a um poste em frente. Subiu dois lances de escada e retornou à sua solidão. Passou o café, fez seu sanduíche de mortadela, ligou a televisão e pegou no sono de cansaço.
No dia seguinte, bem cedinho, antes de ir para a fábrica, teve a curiosidade de olhar se a árvore ainda estava lá. Encontrou um garoto, vestido num calção azul desbotado e sem camisa, retirando todo contente a árvore de dentro do saco. “ Vou levar pra casa, a mãe vai adorar” – disse sorridente.
- Que bom, respondeu Dalva, e logo perguntou onde ele morava.
- No viaduto, quer dizer, embaixo. Eu, a mãe e meus dois irmãos menores.
- E o que vai ter no seu Natal – perguntou Dalva curiosa.
- Uma grande festa. Os vizinhos vão colaborar, até peru já tem, só faltava a árvore.
- Que vizinhos?
- Os do viaduto, gente fina.
- Estou com inveja de você, pois eu não tenho com quem passar o Natal.
- Vamos lá pra casa, vai ser animado - disse o garoto.
- Tá combinado. Quando eu saí da fábrica vou direto pra lá. Posso lhe contar um segredo? Hei, garoto! Volte aqui. Esta árvore é minha, era minha, eu... gostaria de passar o Natal.....Onde fica o viaduto?

E Dalva perdeu de vista o garoto que saiu em disparada atravessando a rua entre as buzinas dos carros.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

INFÂNCIA CRESCIDA


Por onde anda aquela imagem de garota
Correndo picula e esconde-esconde
Cabelo assanhado e pés descalços,
Com vestido de fustão azul e branco e bainha despencada?

Em que momento trocou de roupa, calçou sapato alto,
Penteou os cabelos e mudou de brincadeira?
Por onde andam seus companheiros de infância
E que fins levaram suas bonecas de pano?

Quem mudou o sabor dos docinhos de aniversário
E do pãozinho de açúcar da padaria da esquina?
Quem diminuiu o quintal e o muro do antigo sobrado,
Gigantes na visão infantil da menina?
E quem é esta mulher que busca aquela alegria
Que ainda ecoa em seus ouvidos?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Livro Rainha sem Faixa


Ilustrado por Leonel Mattos este livro recebeu
ótimas criticas.
Conta a história de Beatriz, que após separar-se do marido faz uma reflexão sobre a vida, seus ganhos e perdas e outros problemas existenciais.


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domingo, 14 de novembro de 2010

O livro infantil que diverte os adultos


Uma história engraçada, emocionante e educativa.
O livro conta a história de uma rebelião comandada pelo Melão para protestar contra os maus tratos e mal uso das verduras, legumes e frutas. Nas falas dos diversos "personagens" cada um faz o seu protesto enaltecendo seus valores nutricionais de uma forma bem divertida. Tudo isso ocorre dentro de um supermercado na calada da noite.
As críticas têm sido ótimas. As Escolas que adquiriram usaram para trabalhos com os alunos. O editor da Usina de Letras, Tomaz Adour, leu e comentou dizendo que foi o livro mais engraçado e bonito que já leu.






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Preço 15,00 reais
                                                                     


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Ensino de Filosofia

Pequeno resumo do artigo Ousadia de pensar,na Revista Filosofia n° 52. de Júlio Cabrera, autor do livro Diário de um Filósofo no Brasil.



É possível ensinar Filosofia a jovens? a Filosofia é uma matéria que possa ser ensinada como as outras?
Segundo o grande filósofo alemão Immanuel Kant(1724-1804), o maior problema para o professor de Filosofia é a juventude de seus alunos, a quem ele terá que ensinar muitas coisas que... "segundo a ordem natural, só poderiam ser alcançadas por uma razão mais exercitada e mais experimentada". Este inconveniente deve ser sanado, ainda segundo Kant, tentando formar o aluno, em primeiro lugar, na sensatez, no espírito racional e só depois na erudição.

Caso contrário, se invertermos essa sequência natural, o jovem apenas poderá tagarelar sobre o que não está em condições de entender. O que primeiro deve ser ensinado ao jovem aprendiz é o exercício de seu pensamento e não o aprendizado imposto de conteúdo difíceis de assimilar nessa idade.

Ou seja, ensinar a pensar, e não ensinar pensamentos. A ter discernimento próprio.Ex. em lugar de perguntar "o que você já leu sobre existencialismo?" Perguntar " o que você pensa sobre a existência humana?"

Infelizmente, ensinar Filosofia nos dias atuais ainda é como no século XVIII. Em vez de ensinar a pensar ensina-se a assimilar e repetir a história da Filosofia.




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Preconceito é atitude abominável

Não sei qual foi a intenção dos que se manifestaram contra os nordestinos que elegeram Dilma. Se foi política ou se foi preconceituosa. A verdade é que, mesmo não gostando do resultado das eleições é preciso haver respeito, não só pela pessoa que foi eleita como também pelos nordestinos. Dizer que o nordestino não é gente, é nazismo. Acredito que quem escreveu isto deve ser uma pessoa preconceituosa e de baixa informação, pois só as pessoas com pouca leitura ainda mantêm algum tipo de preconceito nos dias de hoje. Acho, que mesmo os eleitores de protesto, responsáveis pela vitória do Tiririca, e isso não foi no nordeste, devem ser criticados com respeito. Infelizmente, em campanhas políticas, vence quem consegue enganar melhor, pois não se fala a verdade, é praxe prometer realizações de sonhos. Mesmo votando em Serra temos que reconhecer que estamos numa democracia, e desejar que a candidata vencedora faça um bom governo para todos os brasileiros, seja ele do norte ou do sul.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Brasil de Sutiã

Dizem que o primeiro sutiã ninguém esquece. Talvez porque ele vai ficando pequeno com o tempo. Mas no caso do Brasil ele já entra pequeno, pois 45% do volume vai ficar de fora. O desconforto será grande e vai ser preciso muitas mãos para ajustá-lo. Faço votos que o modelo não seja o tomara que caia, senão vai ser um vexame. (Eleições presidencial 2010)

Conheça a história de Alan Turing, um gênio injustiçado da matemática

PUBLICADO POR Redação Warren Alan Turning Se hoje temos acesso a computadores e às inovações da inteligência artificial, um dos grandes resp...