Pesquisar este blog

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Caridade


A criação de riqueza é muito mais importante que a caridade; sem a primeira não existe a segunda por Steve Patterson, terça-feira, 23 de junho de 2015  

O setor privado e suas empresas são frequentemente retratados como sendo rudes e cruéis.  De acordo com a narrativa popular — a visão de mundo típica de Charles Dickens —, o setor privado é repleto de avarentos insensíveis que dão mais valor ao lucro do que ao povo.
Esse retrato está em profundo contraste com a bondade e o altruísmo das instituições de caridade, das entidades sem fins lucrativos e dos governos, os quais supostamente existem e foram criados para ajudar o povo.  A caridade, em particular, é vista como sendo eticamente superior aos negócios do setor privado e da livre iniciativa.  Afinal, o que poderia causar um maior impacto no mundo do que dar aos necessitados?

Essa visão do mundo, obviamente, é míope.  Embora seja verdade que a caridade ajuda as pessoas, o setor privado e a livre iniciativa fazem uma contribuição muito maior à humanidade.  Virtualmente todos os aumentos no padrão de vida da sociedade ocorreram por causa do simples comércio; e são os pobres, em especial, que mais se beneficiam.  Para entender por quê, é necessário examinar as diferentes fórmulas sob as quais a caridade e o setor privado operam.

Caridades lidam com a redistribuição de riqueza: elas coordenam a transferência do "excedente" de algumas pessoas para suprir a "escassez" de outras.  Os negócios do setor privado, por outro lado, lidam com a criação de riqueza por meio da produção e venda de bens e serviços que as pessoas querem e desejam.

A criação de riqueza vem antes

Sem essa anterior criação de riqueza, as instituições de caridade não teriam nada para distribuir.  Na nossa atual situação de pujança, é fácil nos esquecermos de que a pobreza é o estado natural da existência humana.  A riqueza não é encontrada pronta na natureza; ela tem de ser criada e transformada, e esta é precisamente a função dos capitalistas e empreendedores. 

Capitalistas e empreendedores são a força que nos retiram do estado brutal da natureza — a pobreza — e nos elevam à pujança.  Todos os casos de pobreza têm a mesma solução: a cura não está na distribuição de riqueza, mas sim na criação de riqueza.  E isso não é um argumento meramente teórico.  Ele pode ser testemunhado em todos os pontos do globo.

Quanto mais pesquisamos, mais claro tudo se torna.  Pense, por exemplo, na máquina de lavar.  Trata-se de um recurso que consideramos trivial e ao qual não damos a devida importância.  Mas a máquina de lavar mudou as vidas de centenas de milhões de pessoas.  Não é nenhum exagero dizer que seu inventor mudou o curso da história. 

Como? 

Reduzindo dramaticamente a quantidade de trabalho manual necessário para fazer a lavagem das roupas sujas.  Milhões de pessoas ao redor do globo — mulheres, em especial — foram liberadas da faina de ter de despender várias horas semanais perante um tanque tendo de lavar manualmente as roupas da família.  Com a invenção da máquina de lavar, essas mulheres passaram a poder dedicar mais tempo a outros afazeres, como dar mais atenção aos filhos.

Façamos uma estimativa bastante conservadora e digamos que a máquina de lavar poupa cinco horas de trabalho por semana.  Se 100 milhões de pessoas possuem uma máquina de lavar, então 500 milhões de horas de trabalho são poupadas por semana — um número tão grande que é difícil sequer imaginá-lo.  São 500 milhões de horas que agora podem ser aplicadas em outras funções mais prementes, como: adquirir educação e cultura, passar mais tempo com a família, trabalhar e adquirir renda, fazer serviços voluntários etc.

O impacto da criação de riqueza e do empreendedorismo sobre as pessoas é enorme, ainda que o engenheiro que criou a máquina de lavar tenha sido uma pessoa egoísta.  E essa é a beleza do capitalismo.  Talvez a única motivação do criador da máquina de lavar tenha sido ganhar dinheiro.  Pode até ser que ele tenha bondosamente pensado "Puxa, gostaria muito que as mulheres não tivessem de gastar tantas horas da semana lavando roupa.  Vou inventar algo!", mas isso é improvável.  De qualquer maneira, o resultado foi o mesmo.  O mundo mudou por causa da sua invenção.

O comerciante que encomenda e revende máquinas de lavar, os engenheiros que inventam novos e melhores modelos, os empreendedores e capitalistas do ramo siderúrgico que descobrem maneiras mais baratas de criar as matérias-primas essenciais para a fabricação da máquina de lavar — todos eles contribuem para um aumento exponencial no padrão de vida das pessoas.

O empreendedorismo e seus efeitos propagadores

Os benefícios do empreendedorismo não apenas são imediatos, como também criam um efeito borboleta. 

Considere o que ocorre com crianças que nascem em famílias que possuem máquinas de lavar.  Elas, também, se beneficiam do fato de suas respectivas mães terem mais tempo livre.  Elas podem ser mais bem cuidadas e mais bem educadas.  Com mais tempo livre, suas mães podem até trabalhar fora e ajudar no orçamento da família, o que permite que a criança vá a uma boa escola e até mesmo se torne um engenheiro ou empreendedor.  Quem sabe?  Talvez a invenção da máquina de lavar tenha dado uma contribuição essencial para a cura de várias doenças.  Afinal, as crianças que crescerem e se tornaram médicas tiveram de ter um padrão de vida alto o bastante que as permitisse cursar uma boa universidade de medicina.

Mas os efeitos propagadores não param por aí.  Pense nos indivíduos que são salvos pelo médico que faz cirurgias complexas.  Eles, e suas famílias, também se beneficiaram da existência da máquina de lavar, e, consequentemente, poderão continuar trabalhando e produzindo ainda mais para o resto da sociedade.

Em outras palavras, a criação de riqueza é exponencial, e literalmente muda o curso da história.  Um capitalista ganancioso pode se preocupar apenas consigo próprio, mas as invenções que ele financia, bem como sua eficiência, acabam beneficiando a sociedade de uma maneira extraordinária.

Agora, compare isso à caridade.  Dar uma máquina de lavar para uma pessoa irá mudar a vida dela, sem dúvida nenhuma.  E certamente criará benéficos efeitos propagadores.   Mas criar uma máquina de lavar — ou inventar uma melhor — é o que muda o mundo.  Até mesmo suprir as indústrias com as matérias-primas necessárias para a construção da máquina de lavar muda o mundo.  Os trabalhadores das mineradoras, ou mesmo a garçonete que serve o almoço para esses trabalhadores, estão diretamente envolvidos nesse processo de retirar as pessoas da pobreza.

Isso não diminui o papel da caridade; ela também desempenha uma função valiosa.  Se você é como eu — se você não é um engenheiro ou um empreendedor —, então a caridade é uma maneira essencial de ajudar o seu semelhante.  Nem todo mundo tem as habilidades necessárias para criar uma nova invenção ou para se tornar um empreendedor de sucesso.  Mas isso não as impede de fazer uma diferença positiva para mundo. 

Entretanto, temos de ser realistas: uma doação para uma instituição de caridade não cria os mesmos efeitos propagadores que vender comida boa e barata, ou vender máquinas e utensílios domésticos, para todos.

Várias verdades econômicas funcionam desta maneira.  Somos rápidos em elogiar aquilo que vemos — uma instituição de caridade que distribui comida para os miseráveis —, mas negligenciamos ou até mesmo condenamos aquilo que não vemos: todo o trabalho e cooperação que foram necessários para produzir e distribuir comida.  O agricultor, o açougueiro, o caminhoneiro, o cozinheiro, o engenheiro, o empreendedor e o capitalista também deveriam ser louvados pelo seu trabalho que possibilitou a existência daqueles pratos de comida que agora saciam os esfomeados. 

Sem tais pessoas, não haveria nenhum excedente de comida para que a instituição de caridade aplacasse a fome dos necessitados.



Steve Patterson é escritor freelancer, produtor audiovisual, e autor de What's the Big Deal About Bitcoin? Ele é o criador da popular série educacional da BBC The Truth About... 

Instituto Ludwig von Mises Brasil 

domingo, 21 de junho de 2015

O Socavão



O antigo Sobrado onde morei. Hoje sede de Maçonaria.
Fui criada num sobrado que tinha dois andares, duas escadarias, um sótão e dois socavões, além de um grande quintal que "encolheu" quando fiquei adulta. Mas é dos Socavões que vou falar. O socavão é uma espécie de cafua, um compartimento escuro muito usado nos colégios antigos para castigo dos alunos. Porém, o socavão da minha casa era apenas um lugar onde se guardava ou depositava coisas que não tinham mais serventia e eram jogadas ali enquanto não fossem descartadas de vez. Quando a traquinagem passava dos limites, recebíamos ameaças tipo " se teimar vou botar no socavão". E todos os irmãos tinham medo deste castigo que nunca se concretizou.  O socavão quase sempre estava fechado. Como se não bastasse um, tínhamos dois, o de baixo e o de cima. O de baixo ficava num vão abaixo da escadaria de madeira que dava para o sótão,  este tinha três grandes quartos onde dormia a criançada. O socavão de baixo se comunicava com o quarto de minha avó através de uma porta pequena, que para entrar era necessário se abaixar ou se curvar, a depender do tamanho de cada pessoa, mas uma criança pequena poderia entrar em pé. O socavão do sótão se comunicava com o último quarto através de uma portinha menor que a outra, formando um vão entre o piso de madeira, e a parte do telhado do sobrado em cima. Apenas  o pedreiro podia entrar nesse socavão caso alguma telha estivesse precisando de trocar. Era mais claro e mais limpo que o outro e só se podia pisar com bastante cuidado para não ceder o assoalho sobre a sala de visitas embaixo.
 Um belo dia esqueceram o socavão do andar de baixo aberto e, eu ainda bem pequena, fui curiosamente espiar o que tinha dentro.  Foi então que um de meus irmãos, já maior, fechou a porta. Nunca me esqueci daquele breu que se formou na minha frente, acho até que foi o próprio que abriu a porta propositadamente. Quando comecei a gritar ele me deixou sair senão  ele é que iria pro castigo.Fiquei parada  na porta espiando o vão escuro cheio de tralhas, que deveriam ser mais  velhas que eu  na época. Pé de cadeira, esteira, gaiola,  banco, cabeceira velha de berço, e até penico, que minha avó chamava de urinó, tudo amontoado. Depois deste episódio não mais me interessei em espiar o socavão e nem chegava muito perto. Mas continuei com toda aquela tralha na cabeça até adulta. De vez  em   quando , sempre que tenho algo sem serventia, não só no plano material como no espiritual, lembro desses socavões  Tudo que me atrapalha empurro para o socavão da vida, tranco, aguardo uns tempos, e se não valer a pena me  desfaço. Ou piso com cuidado,quando quero evitar um desmoronamento de teto.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

LIVROS - A escritora portuguesa Helia Correia, ganhadora do Prêmio Camões 2015




http://m.oglobo.globo.com/

L - Divulgação
RIO — A escritora portuguesa Hélia Correia venceu ontem o Prêmio Camões 2015, a mais importante láurea literária atribuída a autores de língua portuguesa pelo conjunto da obra. É o 11º português a receber o prêmio, instituído pelos governos do Brasil e de Portugal desde 1989. Ela receberá € 100 mil.
— Tenho tenho uma filosofia de vida modesta, distante dos grandes circuitos sociais e literários, então fico muito grata aos membros do júri pelo olhar generoso — diz a autora, em entrevista ao GLOBO. — É realmente uma sensibilidade dos seus membros, já que não tenho uma carreira com aspirações de glória ou de reconhecimento social.
Com o prêmio, Brasil e Portugal estão empatados na lista dos países que mais venceram o Camões, com 11 premiações para cada lado. No ano passado, o vencedor havia sido o historiador e memorialista brasileiro Alberto Costa e Silva. Entre os brasileiros contemplados anteriormente estão João Ubaldo Ribeiro, Lygia Fagundes Telles e Rubem Fonseca, entre outros.
Nascida em Lisboa em 1949, Hélia Correia é autora de romances, novelas e contos. Especialista em teatro clássico, se dedicou à poesia nos anos 80, mas se revelou como um dos principais ficcionistas de seu país. Hélia ainda não tem livros publicados no Brasil, mas já havia recebido prêmios importantes — como o Pen Club — pelo romance histórico “Lillias Fraser”, lançado em Portugal em 2001.
O júri escolheu a autora por unanimidade em uma reunião no consulado português do Rio na tarde de ontem, e que contou com os escritores brasileiros Affonso Romano de Sant'Anna e António Carlos Secchin, o escritor moçambicano Mia Couto, os críticos portugueses Pedro Mexia e Inocência Mata, e a portuguesa Rita Marnoto, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
— Hélia tem uma obra consistente e densa — avalia Rita, que presidiu o júri. — Sua exploração da natureza humana tem raízes profundas na antiguidade clássica, mas se estende à poética do mundo contemporâneo. É uma escritora com uma prática de construção e experimentação literária.
Veja os vencedores das edições anteriores:
2014: Alberto da Costa e Silva (Brasil)
2013: Mia Couto (Moçambique)
2012: Dalton Trevisan (Brasil)
2011: Manuel António Pina (Portugal)
2010: Ferreira Gullar (Brasil)
2009: Arménio Vieira (Cabo Verde)
2008: João Ubaldo Ribeiro (Brasil)
2007: António Lobo Antunes (Portugal)
2006: José Luandino Vieira (Portugal/Angola), o autor recusou o prêmio
2005: Lygia Fagundes Telles (Brasil)
2004: Agustina Bessa Luís (Portugal)
2003: Rubem Fonseca (Brasil)
2002: Maria Velho da Costa (Portugal)
2001: Eugénio de Andrade (Portugal)
2000: Autran Dourado (Brasil)
1999: Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal)
1998: Antonio Cândido de Melo e Sousa (Brasil)
1997: "Pepetela", Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (Angola)
1996: Eduardo Lourenço (Portugal)
1995: José Saramago (Portugal)
1994: Jorge Amado (Brasil)
1993: Rachel de Queiroz (Brasil)
1992: Vergílio Ferreira (Portugal)
1991: José João Craveirinha (Moçambique)
1990: João Cabral de Melo Neto (Brasil)
1989: Miguel Torga (Portugal)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski -Vídeo







Escritor russo
Fiódor Dostoiévski (1821-1881) nasceu em Moscou, no dia 30 de outubro de 1821. Filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Fiódorovna Nietcháieva, morreu em São Petersburgo, no dia 28 de janeiro de 1881.

O que leva uma pessoa a cometer um crime? Pobreza, situação social, vontade, superioridade, ganância? E qual é a conseqüência desse crime? E as conseqüências podem ser prisão, morte, ou até liberdade sem nenhuma suspeita. Dependendo do caso, tudo ou nada pode acontecer. A reflexão sobre o que leva alguém a cometer um crime e o que acontece com essa pessoa é o que Fiodor Dostoiévski faz em um de seus mais famosos romances, Crime e Castigo.
O personagem principal, ex-estudante de Direito, é um homem extremamente pobre e que vive angustiado pela sombra de fazer algo importante. Ele divide os indivíduos em ordinários e extraordinários, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano. Seguindo esse preceito, o personagem planeja e concretiza, em meio a uma luta com sua consciência, a morte de uma agiota.
No romance "Crime e Castigo", Dostoiévsky identifica o problemas central dos limites da liberdade da ação humana, mas também sugere as possibilidades de redenção pelo crime. A partir de dados reais, o autor construiu uma parábola da culpa e da punição.

COPA AMÉRICA - 2015


COLÔMBIA 1 X BRASIL 0

Não gosto de opinar sobre futebol, embora goste muito deste esporte, porque não tenho muita certeza se as minhas observações estão corretas. Mas, assistindo ontem o jogo de Brasil e Colômbia tive a impressão que nossa Seleção continua precisando de um bom trabalho não só técnico como psicológico. No jogo da Copa do Mundo em 2014 a Colômbia tirou Neymar de cena e deve ter achado que deu certo porque  Neymar ficou definitivamente fora da Copa. No jogo de ontem  Neymar foi derrubado e ainda acusado injustamente de mão na bola, e,  por contestar, o juiz  achou por bem dá cartão amarelo. Por falta de preparo psicológico do craque, que anda preocupado com o processo que tramita na justiça da Espanha, o episódio tomou dimensões maiores que deveria ou merecia, e já terminado o jogo recebeu cartão vermelho por ter dado uma cabeçada no adversário. Agora ele está fora do próximo jogo e, talvez, a depender do julgamento, poderá até ficar fora da Copa  América. Não que isso tenha sido o principal motivo da derrota contra a Colômbia, que esteve muito melhor que a Seleçao brasileira, porém mostra que eles continuam imaturos e ingênuos e não aprenderam nada com a derrota contra a Alemanha.i



sexta-feira, 12 de junho de 2015

Voto da ministra Cármen Lúcia afasta exigência de autorização para biografias.

´Ministra Cármen Lúcia 




Notícias STF 
Quarta-feira, 10 de junho de 2015

A relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4815, ministra Cármen Lúcia, votou no sentido da procedência da ação para declarar inexigível a autorização prévia para a publicação de biografias. Seu voto dá interpretação conforme a Constituição da República aos artigos 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
A ministra Cármen Lúcia explicou que a matéria em exame na ADI se refere ao conteúdo e à extensão do direito constitucional à expressão livre do pensamento, da atividade intelectual, artística e de comunicação dos biógrafos, editores e entidades públicas e privadas veiculadoras de obras biográficas, garantindo-se a liberdade de informar e de ser informado, de um lado, e o direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade dos biografados, de seus familiares e de pessoas que com eles conviveram. “Estas liberdades constitucionalmente asseguradas informam e conduzem a interpretação legítima das regras infraconstitucionais”, afirmou. “O direito à liberdade de expressão é outra forma de afirmar-se a liberdade do pensar e expor o pensado ou o sentido. E é acolhida em todos os sistemas constitucionais democráticos”.
Conforme a relatora, a Constituição prevê, nos casos de violação da privacidade, da intimidade, da honra e da imagem, a reparação indenizatória, e, por outro lado, proíbe “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. Assim, uma regra infraconstitucional (o Código Civil) não pode abolir o direito de expressão e criação de obras literárias. “Não é proibindo, recolhendo obras ou impedindo sua circulação, calando-se a palavra e amordaçando a história que se consegue cumprir a Constituição”, afirmou. “A norma infraconstitucional não pode amesquinhar preceitos constitucionais, impondo restrições ao exercício de liberdades”.
A ministra observou que há riscos de abuso, mas o direito prevê formas de repará-los. “O mais é censura, e censura é uma forma de cala-boca”, concluiu.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Eu sou o Livro - Homenagem ao Dia da Nossa Lingua Portuguesa


Sua riqueza de sinônimos é a matéria-prima para a nossa literatura e poesia.

A língua portuguesa é a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, ficando atrás somente do inglês e do castelhano. É a língua oficial de diversos países como: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e, ainda, Timor-Leste após sua independência. O idioma tem sua origem no latim vulgar – o latim falado, que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao sudoeste da Península Ibérica, a partir de 218 a.C.

domingo, 7 de junho de 2015

Nelson Motta - Al Pacino se consagrou com grandes personagens da história do cinema

Edição do dia 05/06/2015
06/06/2015 01h13 - Atualizado em 06/06/2015 01h29

Nelson Motta fala sobre a trajetória do ator que fez história com seus personagens em filmes como "Perfume de Mulher" e "O Poderoso Chefão".

Nelson Motta




NelsonMotta, o maior ator vivo do mundo. Pacino é baixinho, narigudo e desajeitado, mas virou um dançarino de tango irresistível em "Perfume de Mulher".
Em "Donnie Brasco", para viver um canhoto infiltrado na máfia, o destro Al Pacino passou um tempão usando só a mão esquerda.
Durante as gravações de "Serpico", ele foi além: parou de verdade um caminhão e ameaçou prender o motorista. Tudo para testar seu personagem, um policial.
Pacino tem muita confiança nas próprias escolhas: ele recusou, por exemplo, o papel principal de outro clássico de Coppola, "Appocalypse Now", por achar o roteiro mais maluco do que ele.
Mas quando ele quer um papel, ninguém segura! Os produtores não o queriam como Michael Corleone. Com determinação, ele conseguiu viver o papel do gangster violento e cerebral.
E se você acredita em predestinação, os avós maternos de Al Pacino são da cidade siciliana de...Corleone.
Veja o que Nelson Motta diz sobre esse ícone do cinema:
De chefões mafiosos a policiais honestos, de militares rabugentos a traficantes violentos, de gays a reis de Shakespeare, Al Pacino chegou a fazer o próprio tinhoso em "O Advogado do Diabo", e comemora seus 75 anos consagrado como um dos maiores atores de todos os tempos.
Filho de imigrantes italianos, o novaiorquino Alfredo James Pacino era baixinho e brigão, começou a fumar e a beber com nove anos de idade e continua até hoje, embora nunca tenha se envolvido com drogas pesadas. Ele fugiu de casa com 17 anos para estudar teatro no Actor's Studio, trabalhando como garçon e muitas vezes dormindo na rua para pagar o curso de teatro.
Mas valeu a pena. Logo na sua estreia no palco, já como Al Pacino, arrebentou e começou a ganhar premios e a ser notado por Hollywood. Só com 30 anos Pacino entrou no cinema, mas entrou quebrando tudo, em três grandes filmes.
Primeiro com uma atuação sensacional como Michael Corleone em "O Poderoso Chefão", é aclamado como um dos herdeiros de Marlon Brando. Depois como o Sargento Serpico, na biografia de um policial que denuncia os métodos violentos, o racismo e a corrupção da policia de Nova York em 1973.
E fechando com o gay Sonny, que, para bancar uma operação de mudança de sexo de seu parceiro, protagoniza um desastrado assalto a banco em "Um Dia de Cão" que dura inteiro, transmitido ao vivo pela televisão e com final trágico.
Pacino tambem foi presença marcante como Michael Corleone nas duas sequências de "O Poderoso Chefão", mostrando seu talento e versatilidade.
Nos anos 1980, a carreira de Al Pacino entrou na descendente, com filmes fracassados e tendo como unica exceção brilhante o violentíssimo "Scarface", de Brian de Palma, em que Pacino protagoniza algumas das cenas mais chocantes do cinema moderno.
Na década seguinte brilhou em filmes muito bons e diferentes entre si como o traficante arrependido de "O Pagamento Final", o policial inflitrado na máfia em "Donnie Brasco" e ganhando o Oscar com a sua atuação em "Perfume de Mulher" como o militar cego e mal-humorado que adora dançar.
Nos últimos anos Pacino viveu brilhantemente personagens tão diferentes como o sinistro Dr. Kevorkian, o Doutor Morte, em "Voce Não Conhece Jack", o usuário Shylock de "O Mercador de Veneza", os reis Herodes, de "Salomé", e Ricardo III, de Shakespeare, e o legendário produtor de discos Phil Spector, mostrando que está cada vez melhor.

Transtorno Borderline (Resumo do artigo da Revista Ciência e Vida Psique)

http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/

Angústia ou Borderline?

Por Amanda Patricia Sales 


Marilyn Monroe foi um ícone de beleza e fama, porém um conjunto de características em sua personalidade mostra um comportamento carente, instável e imaturo. Alguns estudos psicológicos equivalem sua extrema agonia ao transtorno de personalidade Borderline. Diagnóstico esse que foi introduzido na década de 1930, caracterizando-se pela notável instabilidade no funcionamento. Através de revisão de literatura, foi feita uma análise da personalidade de Marilyn, comparando-a aos critérios diagnósticos do transtorno de personalidade Borderline (TPB). 


Etimologicamente, o termo personalidade originou-se de “persona”, que é a máscara usada pelos personagens do teatro grego. A personalidade se caracterizaria por dois aspectos paradoxais: estabilidade e dinamismo. Estabilidade porque tende a se manter a mesma ao longo da vida, no entanto, é passível de mudanças a partir de alterações neurobiológicas e existenciais.
O termo personalidade é usado para ilustrar o comportamento do indivíduo, assim como suas idiossincrasias.

PRINCIPAIS SINTOMAS DO TPB:
• Sentimento crônico de vazio existencial e tédio.
• Falta de sentimento consistente de identidade.
• Medo patológico de ser abandonado – uma pequena rejeição pode gerar imensa descompensação emocional.
• Dificuldade acentuada na regulação das emoções.
• Tendências impulsivas para comportamentos auto ou heteroagressivos, frutos de um Superego imaturo, facilitando a ação em detrimento da mentalização e da verbalização das emoções e dos impulsos.
• Humor instável com episódios de ansiedade, irritabilidade, depressão, ciúme doentio; tudo isso com flutuações que podem ser de dias, horas e até minutos. Aliás, aqui deve-se abrir um parênteses a fim de diferenciar o TPB do transtorno afetivo bipolar (TAB) – transtorno com o qual muitas vezes o TPB é confundido –, pois os pacientes com TAB tendem a demorar mais tempo para ciclarem de um afeto a outro.
• Comportamentos de automutilação (comportamento parasuicida) que são usados como forma de chamar a atenção do outro, expressar raiva ou fugir de afetos opressivos.
• Tentativas de suicídio – muitas vezes tentativas manipuladoras – sendo, nesse transtorno, o ato suicida muito mais fruto de um impulso do que de um planejamento.
• Autoestima baixa.
• Autoimagem frágil e instável gerando mudanças frequentes de projetos pessoais e profissionais, de círculos de amizade e até de opinião.
• Relacionamentos afetivos intensos e de extremos entre idealização e desvalorização. Costumam ver os outros como figuras de apego apoiadoras ou como sádicas, quando essas ameaçam deixá-los.
• Angústia difusa e flutuante; sintomas de aparência neurótica; traços de personalidade infantil, depressiva e masoquista.

 As bases do desenvolvimento da personalidade estariam na hereditariedade e no ambiente que irão interagir formando um indivíduo único.

sábado, 6 de junho de 2015

Jornalista lança Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia no dia 12 de junho



Com o apoio da União Baiana de Escritores - UBESC e o Círculo de Estudo, Pensamento
e Ação – CEPA, será lançado no dia 12 de junho (sexta-feira), às 18h, na Biblioteca
Pública do Estado da Bahia (Salão Nobre Kátia Mattoso), nos Barris, em Salvador, o “Dicionário
de Escritores Contemporâneos da Bahia”, uma publicação organizada pelo jornalista Carlos Souza Yeshua,
que apresenta 206 verbetes de autores baianos.
A obra sairá pela Editora CEPA e tem prefácio do professor Germano Machado. Durante a apresentação do dicionário,
também será lançado o livro de poesia “Criação”,
da escritora Morgana Gazel. A noite dedicada aos amantes da literatura
será um momento de celebração e contatos profissionais entre os participantes. “Teremos um lançamento
coletivo, pois diversos integrantes do dicionário farão sessão de autógrafos de
suas obras. Portanto, os leitores não terão apenas o livro biobibliográfico,
mas publicações de diversos gêneros. Vale apena marcar presença para prestigiar
os autores baianos”, recomenda Yeshua. Livros da
Editora Òmnira (Roberto Leal), do Movimento Cultural Artpoesia (José da Boa
Morte e Carlos Alberto Barreto), da Cogito Editora (Ivan de Almeida), do Projeto
Alma Brasileira (Sandra Stabile), também
serão disponibilizados.

O trabalho de catalogação e preparação das notas biobibliográficas durou aproximadamente
dois anos e embora não registre todos os artistas da palavra em atividade no
estado, nomes importantes do cenário literário estão disponíveis em suas
páginas, como por exemplo: Antônio Torres (Academia Brasileira de Letras); Aleilton Fonseca, Antônio
Brasileiro, Aramis Ribeiro Costa, Carlos Ribeiro, Florisvaldo Mattos, Ruy Espinheira
Filho, Cyro de Mattos (Academia de Letras da Bahia); Valdomiro Santana, Hugo Homem,
Jolivaldo Freitas, José Inácio Vieira de Melo, Adelice Souza, Morgana Gazel, Állex
Leilla, Roberto Leal, Valdeck Almeida de Jesus, César Romero, Felisbelo da Silva, Germano Machado, Heloísa
Prazeres, Vanda Angélica, Karina Rabinovitz, Mariana Paiva, Luislinda Valois,
Oleone Coelho Fontes, José Carlos Limeira, Henrique
Ribeiro, Cymar Gaivota, Igor Rossoni, Marcos
A. P. Ribeiro, entre muitos outros.

Escritores que desenvolvem trabalhos importantes em diversas regiões da Bahia, além de
Salvador, também enquerissem o dicionário com suas participações: Araken Vaz
Galvão, Alfredo Gonçalves (Valença); Almir Zarfeg, Celso Kallarrari, Fabiana
Pinto Silva,
Athylla Borborema (Teixeira de
Freitas); Maria Izabel - Bebela (Juazeiro); Clarissa Macedo, Franklin Maxado, Eduardo Kruschewsky, Lidiane Nunes, Jotta Rios, Sandra
Popoff, Lélia Fernandes, João Rocha Sobrinho, Josué Brandão, Raymundo Luiz Lopes (Feira de Santana); Luiz Américo Lisboa Junior, Pawlo
Cidade, Hans Schaeppi (Itabuna), Pablo
Rios (São José do Jacuípe / Mairi); Zilda Freitas, Maria Afonsina Ferreira
Matos, Jorge
Luiz Rosa, Domingos
Ailton (Jequié); Crispim Quirino (Maragogipe).

O principal objetivo desse trabalho é promover os autores e suas obras, reunindo
em um só lugar as mais completas e confiáveis informações dos escritores da
Bahia, além de resgatar e valorizar a memória da literatura do estado onde
começou o Brasil. “Este dicionário visa também ser um livro de referência e um
instrumento de pesquisa para leitores, estudantes, historiadores, jornalistas,
bibliotecários, além de instituições culturais, universidades, veículos de
imprensa e outros segmentos interessados em literatura, especialmente a da
Bahia”, destaca Carlos Souza.

“Eu participo deste dicionário porque acho de suma importância estar numa obra que
reúne artistas da palavra da contemporaneidade, pessoas com as quais eu
convivo, outras das quais ouço falar, tantas outras que conheço pelas escritas.
É um espaço democrático, de registro histórico-literário, que vai ficar de
herança para pesquisadores, historiadores, estudiosos, amantes da literatura”,
diz o escritor Valdeck Almeida de Jesus.

No prefácio o professor Germano Machado destaca que “um dicionário é de
importância fundamental para todos: no caso, contém o que os autores
produziram, quer seja em textos de prosa, de poesia, de conto, em suma, de suas
tendências literárias pessoais. É a inicial importância, seguindo-se que serão
conhecidos e até mesmo reconhecidos no amanhã a partir de hoje”.

Organizador - Carlos Souza Yeshua é jornalista, profissional de marketing e professor. Presta serviço de assessoria de imprensa e marketing pessoal para escritores, instituições culturais e artistas em
geral. Autor dos livros: João Alfredo Domingues - Pau pra toda obra: e Revolução Pessoal – Seu Próximo Desafio. É organizador dos livros: Carta ao Presidente – Brasileiros em
busca da cidadania (2012) e Carta ao Presidente – O que deseja o
brasileiro no séc. XXI (2010). É associado da União Brasileira de Escritores – UBE e da União Baiana de Escritores - UBESC.

Lista completa dos verbetes
- A. J. Cardiais, Adelice Souza, Aleilton
Fonseca, Alex Dias, Alfredo Gonçalves, Alino Matta Santana, Állex Leilla, Almir Zarfeg, Ana
Pires, Andréa Mascarenhas, Antoniella Devanier,Antonietta D´Aguiar Nunes, Antonila da França Cardoso, Antonio Barreto, Antônio Brasileiro, Antonio
Cedraz, Antonio Moreira Ferreira, Antônio Santana, Antônio Torres, Araken Vaz Galvão, Aramis Ribeiro Costa, Arlinda Moscoso, Ary Txay, Athylla Borborema, Audelina Macieira, Aurélio Schommer, Benjamin Batista, Bruno de Souza, Calisto Ribeiro dos Santos, Carla
Elisio, Carlos Alberto
Barreto, Carlos Conrado, Carlos
Ribeiro, Carlos
Souza Yeshua, Carlos Ventura, Carlos Vilarinho, Celeste Buisine, Celeste Carneiro, Celso Kallarrari,
César Romero, Cézar Santos, Cezar Ubaldo, Clara Maciel, Clarissa
Macedo, Conceição Castro, Coracy Bessa,
Crispim Quirino, Cristiano Sousa,
Cymar Gaivota, Cyro de Mattos, Darcy Brito, Deomídio
Daniel Marques,
Macêdo, Derval Magalhães, Diva Luiz, Domingos Ailton, Dorival Ferreira da Silva,
Durval Carvalhal, Edilson
Rodrigues de Almeida, Edla A. Angelim, Edna Alencar, Edneia Andrade, Eduardo
Kruschewsky, Elisenilda
Cristina de Almeida, Emérita Andrade Ramos, Ernane Gusmão, F. F. Vasques, Fabiana Barros, Fabiana
Pinto Silva, Fátima Gomes, Felisbelo
da Silva, Fernando Alcoforado, Flávio Luz, Florisvaldo Mattos, Franklin
Maxado, G. Amarante, Germano Machado,
Gibran Sousa, Gilberto
Nogueira de Oliveira, Gleide
Dammas, Gutox Wintermoon, Hans Schaeppi, Hélio Motta, Heloísa Prazeres, Henrique Ribeiro, Hugo Homem, Igor Rossoni, Iray Galrão, Irma
Galhardo, Israel Alves Ferreira, Ivan de Almeida, Jair Lisboa, Jeanne Paganucci, Jeremias
Macário de Oliveira, João Bosco
Soares dos Santos, João Mattos,
João Mendonça, João Rocha Sobrinho, Jolivaldo
Freitas, Jorge Garrido, Jorge
Luiz Rosa, José Carlos Limeira, José
Carlos Santos Concessor, José da Boa Morte, José Dionísio Nóbrega, José Erenilson da Silva, José Inácio
Vieira de Melo, José Moraes de
Souza, José Olívio, José Siquara
da Rocha, José Walter Pires (Zewalter), Josué Brandão, Josue Ramiro Ramalho, Jotta
Rios, Juarez Wanderley, Juvenal Payayá, Karina Rabinovitz, Lamartine Augusto, Landulfo Almeida, Leandro de Assis, Leandro Flores, Lélia Fernandes, Lene Muniz, Lene Oliveira, Leomária
Mendes Sobrinho, Letícia Prata, Licínia Ramizete, Lidiane Nunes, Lucas Yuri, Luislinda Valois, Luiz
Américo Lisboa Junior, Luiz
Carlos Café, Luiz Carlos Santos Lopes, Luiz Menezes, Luiz Natividade, Luiza Câmera, Lula Miranda, Malú
Ferreira, Manoel Porto, Marcelo de Oliveira Souza, Marcio Leite, Marcos A. P. Ribeiro, Margarida
Souza, Maria Afonsina Ferreira
Matos, Maria Cavalcante, Maria
Izabel (Bebela), Maria Lúcia, Maria Prado de Oliveira, Mariana Paiva, Marina Gentile, Mario
Gordilho, Marivaldo E. Hora,
Marly Ramos, Miguel Najar, Miriam de Sales Oliveira, Mogg Mester, Moina Bartilotti, Morgana
Gazel, Moysés Fraga, Nádia Cerqueira,
Nádia São Paulo, Nadja Nunes, Nivaldo Wanderley de Omena, Oleone Coelho
Fontes, Olinda Prata, Osvaldo Ventura, Pablo Rios, Paulo
Balôba, Pawlo Cidade, Pedro
Raimundo dos Anjos, Pollyana Lima, Rafael Medeiros,
Raimundo Gonçalves Gama, Raymundo Luiz
Lopes, Renato Prata, Rex Schindler, Ricardo
Vidal, Rita Maria Oliveira, Roberto Leal,
Romilton Batista de Oliveira, Rômulo de Andrade Moreira, Roque Sátiro, Rosana Paulo, Rosane Vilaronga, Rui Patterson, Ruy Espinheira
Filho, Sandra Stabile, Sandra Popoff, Sayuri
Suto, Sérgio C. Barreto, Sonia Lobo, Tatiana Amaral,Taurino Araújo, Ubirajara Brito,
Valdeck Almeida de Jesus, Valdomiro Santana, Valmari Nogueira,Valter Bitencourt Júnior, Vanda
Angélica, Vanja Cardoso Santos, Varenka
de Fátima Araújo, Vera Passos, Wanderley
Ribeiro, Welbert N. dos Santos,Yara Falcon, Zilda Freitas.

Serviço:

O que: Lançamento
do Dicionário de Escritores Contemporâneos
da Bahia.

Onde: Na Biblioteca Pública
do Estado da Bahia – Barris, Salvador/BA.

Quando: Dia 12 de junho de 2015
(sexta-feira), às 18h.

Entrada: Franca

Editora: Editoração
CEPA. Quantidade de páginas: 324. Valor: R$ 40,00

Informações: 71 8122-7231

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Afinal, se o Brasil é oficialmente um Estado Laico por quê temos feriados religiosos?

Na época do Brasil Colônia, quando o nosso país era dependente de Portugal, a religião oficial era o Catolicismo. 
Em Filosofia, Laico significa aquilo que pode se desenvolver sob suas próprias regras, sem a interferência de ideias ou ideais alheios.
Laicismo é uma doutrina que defende a ausência de qualquer obrigação de caráter religioso nas instituições do Estado, ou seja, a não intervenção da religião no Estado. Estado Laico é, portanto, o Estado que não está submetido às regras de nenhuma religião. Respeita todas as crenças religiosas. O Estado Laico deve agir para garantir aos cidadãos a liberdade não apenas religiosa, mas também a liberdade filosófica. É garantido também pelo Estado Laico o direito de não professar nenhuma religião.
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, O Brasil é um país Laico, ou seja, a Nação Brasileira não possui nenhuma religião oficial . Embora haja, ainda, uma grande predominância do Catolicismo. Só a religião católica mantém sobre o calendário do país controle suficiente para impor feriados nacionais. Judeus, muçulmanos, budistas, umbandistas e outras minorias carecem de tal poder.
No seu artigo, Estado Laico e Democracia - Victor Mauricio Fiorito Pereira- Membro do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, diz:
"Atualmente, o termo Estado laico vem sendo utilizado no Brasil como fundamento para a insurgência contra a instituição de feriados nacionais para comemorações de datas religiosas, a instituição de monumentos com conotação religiosa em logradouros públicos e contra o uso de símbolos religiosos em repartições públicas. Até mesmo a expressão “sob a proteção de Deus”, constante no preâmbulo da Constituição da República vem sendo alvo de questionamentos".
Muita gente confunde Estado Laico com o Ateu. O estado Laico respeita todas as religiões. Já o Estado ateu proíbe todas as manifestações religiosas. Os Estados que assumem o ateísmo aderem a uma postura de hostilidade e perseguição em relação às confissões religiosas. A antiga União Soviética, comunista, aderia a este regime.
Em oposição ao Estado Laico está o Estado Teocrático. Nas teocracias as decisões políticas e jurídicas passam pelas regras da religião oficial adotada. Ex. Irã (Islamismo); Israel (Judaico); Vaticano (Católico).
Temos ainda o Estado Confessional - é aquele em que há uma ou mais religiões oficializadas pelo governo. Existe influência religiosa nas decisões do Estado, porém ela não se sobrepõe ao poder político do Estado. Não há uma regra fixa de tolerância em relação a outras religiões. O Estado Confessional tanto pode proibi-las como aceitá-las
Exemplos: Argentina, Dinamarca, Reino Unido, Noruega.
Acredito que o Estado Laico é o que mais atende aos anseios da sociedade por ser mais democrático.




































terça-feira, 2 de junho de 2015

As Experiências Científicas não podem parar.

A ciência poderia estar muito mais avançada não fossem as barreiras que encontrou durante centenas de anos, principalmente no âmbito religioso. Hoje em dia ainda existem algumas, mas nem se compara ao tempo de Galileu. Porém tem surgido, ultimamente, alguns entraves no que diz respeito ao uso de animais em laboratório, assunto que precisa ser muito discutido não só no meio científico como na sociedade, haja vista que não se pode abandonar pesquisas já experimentadas com êxito em prol da vida humana e também de muitos outros animais. O curioso é que, quem se manifesta contra o uso de animais nas pesquisas são as mesmas que vão na farmácia comprar um antibiótico, uma pasta de dente ou levar o filho para vacinar, sem lembrar que esses produtos e muitos outros passaram por diversas etapas até chegarem ao destino final. Isto sem falar que muitas dessas pessoas não exitam em comer carne de origem animal, que sofrem muito mais nos matadouros. É claro que tem que haver leis para o controle de uso de animais em laboratório, não só no âmbito da ética como também para evitar sofrimentos durante os procedimentos laboratoriais. Todos os animais precisam ser protegidos porque nenhum é mais importante que outro. No Brasil existe a Lei Arouca, considerada uma das melhores do mundo, aprovada em 2008, que levou a criação do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal, o Concea, que consolidou as regras sobre o que pode e o que não pode ser feito com os animais do Brasil. Essa lei protege mais os Chordados, animais que possuem notocorda, estrutura que dá origem a coluna vertebral. Com certeza nenhum cientista gosta da prática de uso dos animais nas suas experiências e se puderem evitar evitam, e quando testam seus experimentos nos animais já houve uma diminuição da toxidade antes in vitro. Métodos alternativos têm sido discutido mas nesse momento ainda não surgiu nenhum que pudesse substituir os atuais, pois é muito arriscado pôr vidas humanas em risco. As experiências passam por muitas etapas, de 10 ou 20 anos até serem testadas nos humanos. Se a Ciência parar suas experiências estará pondo em risco a vida de todos, principalmente a das crianças.  O Brasil é responsável por 2% das pesquisas produzidas no mundo e o  mais importante nesse momento é o incentivo, principalmente no âmbito financeiro que o governo brasileiro deixa muito a desejar.

Mulheres que atravessaram o século

Fazendo parte desta Coletânea  Por detrás de uma grande conquista existe uma grande história. Ao me deparar com uma foto da minha primeira C...