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domingo, 24 de novembro de 2013

Lançamento do livro "Onde Estou"?

Darcy Nogueira Brito lança novo livro na Galeria de Arte de Leonel Mattos no Salvador Shopping
O livro” Onde Estou”? Um conto que aborda o problema do mal de Alzheimer.
Sinopse:

  O livro Onde Estou? Editado pela Usinas de Letras, da escritora Darcy Nogueira Brito, será lançado, dia 1º de dezembro, a partir das 16 horas, na Galeria Leonel Mattos, no Shopping Center Salvador. O livro relata o drama de uma mulher que convive, dia e noite, com o mal de Alzheimer. A personagem é Avani cuja mãe foi vítima desta doença numa idade precoce, e por este motivo acredita que herdou o gene do Alzheimer. Qualquer esquecimento temporário é motivo para Avani se desesperar. A escritora Darcy Nogueira Brito aborda o problema de uma forma científica, leve e otimista.


   Darcy Nogueira Brito é formada em História Natural pela Faculdade Ciências e Letras da UFBa., com pós graduação em  Saúde Pública. Foi professora de Biologia do Colégio da Bahia  (Central) por vários anos, atualmente aposentada. É autora de vários livros publicados entre eles romances, contos e histórias infanto-juvenis. Em suas obras costuma explorar temas polêmicos do cotidiano de uma forma leve e recheada de informações sobre o tema central. Uma característica de seu estilo é sempre deixar um final em suspense a ser imaginado pelo leitor.

Este livro já se encontra em formato digital em   http://clubedeautores.com.br e em livrarias.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Revendo o uso do Eletrochoque


foto Google


A Revista Ciência Hoje de Novembro de 2013, traz um artigo muito importante sobre o uso do eletrochoque ou eletroconvulsoterapia (ECT), no tratamento da depressão, sendo considerada a melhor opção terapêutica nos casos mais graves da doença.
Diz a revista que este método, que já foi aplicado erroneamente,  causou muito medo e sofrimento, e, por isso, há um preconceito muito grande em relação ao uso do ECT geralmente associado a cadeira elétrica, tortura política, muito divulgada na mídia e ao próprio termo 'eletrochoque'.
 Atualmente o método de aplicação do ECT evoluiu muito. Está mais seguro, não traz nenhum tipo de sofrimento ao paciente, não causa danos ao cérebro e pode ser usado até por grávidas, por não trazer risco ao feto nem indução de aborto.Só é contraindicado quando há aumento de pressão intracraniana, arritmias cardíacas graves e e infarto do miocárdio recente.  Hoje em dia está sendo usado em diversos centros universitários e clínicas especializadas no mundo, inclusive no Brasil. O desconforto psicológico do paciente é abolido ou minimizado com o uso de anestésico. As indicações para o uso do ECT são: tentativa ou ideia prevalente de suicídio; depressão grave;esquizofrenia refratária- ou seja, que não responde a medicamentos e tratamentos convencionais; síndrome catatônica (quadro marcado por imobilidade, mutismo, e falta de reação a estímulos externos).
 O uso do ECT foi feito pelos médicos italianos Ugo Cerletti (1877 - 1963) e Lucio Bini (1908-1964). Até o final da década de 60, o ECT era considerado a única terapia biológica eficaz no tratamento de muitos transtornos psiquiátricos mais graves. No entanto, com o sucesso progressivo dos medicamentos psicotrópicos seu uso foi diminuindo ficando reservados a quadro mais graves e específicos - em geral, relacionados à depressão. Essa subutilização se deve a vários fatores: Movimento Antipsiquiátrico da década de 60 contra o ECT; casos de abusos médicos no uso do ECT sem indicações precisas ou como método errado de sedação do paciente; crenças infundadas de que o ECT causaria danos irreversiveis ao cérebro.

Há alguns dias, a novela Viver a Vida mostrou um episódio em que a personagem Paloma é submetida a um tratamento com eletrochoque, numa clínica tida como ultrapassada e sob suspeitas. Cenas como essas, divulgadas na mídia, nos deixa temerosos e em dúvida a respeito dos tratamentos psiquiátricos. (nota da autora)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Reflexão sobre a Morte

                                                       ( baseado no artigo sobre a Necessidade de Morrer, da Revista Filosofia Ciência e Vida nº87)
Foto Google

Você tem medo de morrer?

É claro que sim, você vai responder. Este é um sentimento da maioria dos humanos. A morte é o desconhecido que ninguém quer apostar para ver, por mais aventureiro que seja, pois sabe que não irá testemunhar nem descrever o que viu. Pelo menos conscientemente. De acordo com Epicuro* não devemos nos importar com a morte porque “enquanto eu sou a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei”.
Este medo acomete a todos, principalmente nas culturas ocidentais. Mas sabemos que a morte é certa, que faz parte da vida tanto quanto o nascimento. Há quem imagine uma vida eterna, uma imortalidade; mas morrer é preciso, para haver o equilíbrio da vida. O medo da morte origina-se da mítica bíblica que trata a morte como punição. Segundo Norbert Elias (1897- 1990) “No paraíso, Adão e Eva eram imortais, mas Deus os condenou à morte porque Adão, o homem, violou o mandamento do pai divino”. Nossa existência tem duração limitada e somos obrigados a encarar o fato. Hoje em dia, com o desenvolvimento da ciência tecnológica e a promessa de vida mais longa, nos afastamos do sentimento de finitude da vida. Não apenas isto, mas também por isto, anseia-se por uma juventude eterna, uma beleza eterna, uma saúde eterna. Há um excesso de narcisismo, um temor de envelhecer, gerado pelas mudanças na sociedade, que foca no aqui e agora e a velhice é encarada como algo negativo. Bombardeados por todos os lados pelas propagandas midiáticas criamos ilusões de imortalidade e nos afastamos da real finitude da vida.
Na Antiguidade greco-romana, na era do paganismo**, havia uma relação mais próxima entre a vida e a morte. O ancestral sepultado no pedaço de terra tornava essa terra sagrada, o húmus era devolvido ao local de onde retornara, havendo aí uma supervalorização da morte.

“Com o surgimento do Cristianismo a morte passa a ser substituída pela vida. No paganismo havia o direito de morrer, já com a religião cristã surge a sacralidade da vida, pois a vida é concebida como um dom de Deus e, por isso, deve ser preservada. Na Modernidade essa visão ganhou ênfase ao ponto de privilegiar a vida em detrimento da morte. No pensamento do filósofo René Descartes (1561- 1626) e de Francis Bacon, o mundo é visto “nu”, sem Deus, o homem se percebe capaz de realizar uma dominação de tudo aquilo que está ao seu redor, controlando os fenômenos da natureza.  Segundo o historiador Philippe Áries (1014-1984), o ser humano ocidental afastou e expulsou a morte do seu cotidiano, vista como uma coisa anormal.”(Sobre a necessidade de Morrer, revista Filosofia Ciência e Vida,nº87)

Mas a morte em si não é problema e deve ser vista sem surpresa, como algo corriqueiro, muito embora não seja fácil pensar nos deparando com ela. Estamos caminhando ao seu encontro e ela ao nosso. Podemos tentar retardar, andando mais devagar, porém, nunca imaginar que vamos evita-la para sempre. E, a partir daí, projetar melhor a existência.

*Epicuro de Samos (341 a.C.-270 a.C.) foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador. Wikipédia


** Paganismo - origina-se da palavra pagus, que significa pedaço de terra onde se plantava, na Antiguidade.

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