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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Lei de Murici - Cuidar de si é também pensar no outro




Murici uma fruta do nordeste do Brasil
O ditado popular conhecido como A Lei de Murici que diz "cada um cuide de si"* , a priori pode ser traduzido como puro egoísmo, mas na verdade, pensando bem, se cada um cuidasse de si estaria dando uma enorme contribuição para a convivência na sociedade, diminuindo o trabalho que temos uns com os outros. Mesmo porque ninguém que não sabe cuidar de si pode ter boas condições para cuidar do outro. Quem já viajou de avião deve ter em mente aquela recomendação da aeromoça: em caso de despressurização ponha a máscara de oxigênio primeiro em você para depois ajudar a quem estiver precisando. Nada mais sensato. Costumamos delegar ao outro tarefas que muitas vezes deveriam ser feitas por nós mesmos. Aí se algo dá errado a culpa é sempre do outro. Estendendo esse pensamento a nível de Estado vemos que também delegamos e cobramos atitudes de governos sem dá um mínimo de contribuição ou bom exemplo para exigir isso. Ou elegendo alguém para cuidar dos nossos interesses sem nem ao menos reparar se esse alguém está em condições de realizar as tarefas que lhe delegamos. Cuidar de si é ter responsabilidade para não permitir invasão de privacidade ou imposição de comportamento.



*A lei de Murici está relacionada com a epidemia de cólera, com o nome de morexim. E na boca do povo recebeu o nome de murici. Essa epidemia dizimou muita gente no Brasil na década de 40. Como as autoridades da época não tinham recursos para atender todos, aí surgiu a lei de Murici, que diz que cada cuide de si.



domingo, 28 de setembro de 2014

Desencontro

Marquei um encontro com o tempo
para falar do presente em vão
No seu lugar o passado
rindo do meu atraso.
Segui em frente a fim de alcançá-lo
e vi o futuro nos braços da Ilusão.

Darcy Brito

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A dor amiga


Sinônimo de um sentimento ruim, a dor é uma manifestação que deve ser bem-vinda. É ela que lhe dá o desagradável aviso de que algo não está bem com você, seja físico ou emocional. Ela fala o que você está precisando ouvir para tomar as devidas providências. Se ela se calar  pode ser tarde demais. Imagine uma simples pedra na vesícula sem a manifestação da dor, ou um apêndice inflamado! O indivíduo pode morrer e só se saber a causa depois de constatar o vazamento de suas secreções. Mesmo em se tratando da dor emocional (ou da alma) ela pode lhe salvar de um suicídio, por exemplo, caso lhe seja dada a devida importância. Porque dor não é causa é alerta, sintoma. Infelizmente, no conturbado mundo atual só se pensa em eliminar a dor com paliativos e automedicações sem se averiguar a razão que está por trás do mal-estar. E isto vale principalmente para os problemas psicológicos e psiquiátricos tratados com o excesso de psicotrópicos que enriquecem as industrias desses remédios. É mais fácil "tratar" o mal estar. O Rivotril que o diga. Claro que é mais fácil lidar com o problema aliviando as dores, mas, que o procedimento não pare por aí.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

1914 - 2014 -100 anos de dois grandes compositores: Lupicínio e Caymmi

Nascido em 30 de abril de 1914, em uma casa de pessoas "musicais", como ele mesmo descrevia, Caymmi cresceu assistindo aos saraus promovidos pelo pai, Durval Henrique, em que ouvia a mãe, Aurelina, cantar músicas de variados estilos. Foi ao lado de seu amigo de infância, José Rodrigues de Oliveira, o Zezinho, que Dorival se aventurou pelas ruas de Salvador e teve o primeiro contato com o rádio, cantando na Rádio Clube da Bahia. Nessa época eles formaram o grupo Três e Meio, com os irmãos Deraldo e Luiz no tambor e pandeiro, respectivamente, Zezinho no cavaquinho e Dorival ao violão. Luiz era o irmão menor de Dorival, por isso o nome do conjunto.
fonte EBC
Lupicínio Rodrigues 

Lupicínio Rodrigues estaria fazendo 100 anos
- Compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, suas músicas expressam muito sentimento e melancolia. Elas embalaram muitas histórias de amor e suas desilusões.
Nasceu em 19 de setembro de 1914
Faleceu em 27 de agosto de 1974
Músicas -Nervos de aço- Vingança - Esses Moços - Se acaso você chegasse - Cadeira Vazia

domingo, 14 de setembro de 2014

Chega de falácias e lágrimas, queremos projetos viáveis.


O país está vivendo um momento inusitado em termos de eleição para Presidente da República. De repente, a morte de um candidato a Presidente que  estava num distante terceiro lugar nas pesquisas, provoca uma reviravolta nas campanhas, colocando a sua Vice como candidata e em empate técnico com quem estava em primeiro lugar nas pesquisas, mandando o que estava em segundo para o terceiro lugar. Agora, a Primeira briga com a Segunda, que era sua herdeira de partido, e a Segunda chora as ofensas recebidas do ditador do seu antigo Partido, chamando-a de ingrata. Não é de  se estranhar brigas por herança em família, mas não vejo razão para esse tipo de estranhamento em política, onde  mudança de partido é proporcional à mudança de interesses. A briga entre ambas está acirrada porque as promessas são semelhantes. Mas  não basta prometer em campanhas, tem que apresentar um projeto e, principalmente, a sua viabilidade. Já vimos o que aconteceu no primeiro mandato da candidata à reeleição para Presidente ( ou Presidenta ) e vou poupar o leitor do que estamos cansados de ler e ver na mídia. As intenções de voto do eleitor brasileiro oscila de acordo com a emoção do momento, o que é preocupante, porque eleger um governante não é o mesmo que eleger um técnico de futebol, pois não é tão fácil, como o  é neste caso, por pra fora do comando um presidente de uma Nação. O pior é que com esta campanha que vemos, de candidatos distribuindo farpas, fazendo promessas mirabolantes, mentindo, não dá para discernir e escolher com segurança. O mínimo que podemos fazer,  e devemos, é Não Votar em quem não conseguiu acertar nas experiências anteriores e em quem nunca teve nenhuma experiência administrativa de governo, porque criticar é fácil e próprio de candidatos a cargos eletivos. 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

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Livro de contos aborda o Mal de Alzheimer

Onde estouO livro Onde Estou?, da escritora Darcy Nogueira Brito Editada pela Usina de Letras, aborda o Mal de Alzheimer. O conto retrata o drama de Avani, cuja mãe desenvolve a doença numa idade precoce.
A autora Darcy Nogueira Brito é formada em História Natural pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pós-graduada em saúde pública. Com vários livros publicados, entre romances, contos e infanto-juvenis, Darcy costuma explorar temas polêmicos do cotidiano com leveza.
O que é - O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que acarreta, com o passar do tempo, perda de memória e das funções cognitivas, atingindo em estágio avançado a degeneração do organismo e levando a senilidade. Foi descrito pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer (daí o nome). Embora não tenha cura ainda, tem tratamento e quando identificada desde os estágios iniciais e com acompanhamento adequado, a qualidade de vida dos doentes melhora e a progressão torna-se mais lenta.
Cerca de 30% dos idosos a partir dos 80 anos podem desenvolver Alzheimer. No mundo, segundo dados de 2009 da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 25 milhões de pessoas com o problema. Outro ponto debatido pelos cientistas indica a relação da doença com o nível de escolaridade: quanto maior a escolaridade, menor a prevalência.
Pesquisas mostram que enquanto em indivíduos com o mínimo de 8 anos de escolaridade, a prevalência é de 3,5%, entre analfabetos o índice de afetados pelo mal chega a 12,2%. A explicação estaria no fato da doença afetar a linguagem e as funções cognitivas. Tanto que o estímulo intelectual dos idosos, além da prática de exercícios que melhore a função cognitiva, é sempre incentivado pelos médicos como forma de prevenir a doença.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Bem me quer-mal me quer


imagem google



Oh, flor do bem me quer
Ou mal me quer!
De pétalas tiradas com amor 
Ou arrancadas com dor
Suas sementes germinarão
Quando a última pétala se for
E com elas virão
Uma nova ilusão



Darcy Brito


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Há! Nicolau, Nicolau!

                                                     Miniconto


foto Ronaldo Jacobina
Vamos Nicolau,  anda! Não tenho tempo a perder,  minha agenda hoje está cheia, não é hora de se espreguiçar, se vem comigo tem que se apressar e não resmungue, você está muito mal acostumado, agora deu pra não querer comer só pra me preocupar, não basta as tantas que já tenho. Cadê o outro pé do meu sapato, Nicolau? Deixe de pirraça, vá buscar, anda, sei que foi você. Isso é coisa que se faça, numa hora dessa? Qualquer dia viajo e lhe deixo sozinho pra você aprender. E não adianta chorar. Ai se eu tivesse coragem! Você sabe que eu não tenho natureza pra isso, aí nem  liga pro que eu digo. Tá surdo Nicolau? Come logo essa comida criatura de Deus! Televisão, agora? nem pensar seu egoísta! Contado ninguém vai acreditar que estou vendo isso. O programa que você gosta é em outro horário, de noite, aquele dos bichos "mal-educados". Já lhe falei disso várias vezes, parece que bebe seu teimoso! Estou esperando, Nicolau, vai pegar o outro pé do meu sapato, isso é apenas a caixa! Dê aqui, dá vontade de rir mas não vou lhe dá ousadia, seu cabeludo metido.
Vamos, entra logo no carro. Se soubesse dirigir ia lhe dá a direção, pra você se estressar nos engarrafamentos. Quando chegar na clínica vou pedir para o doutor lhe passar um sermão. Finge que está engolindo o remédio e quando eu menos espero põe pra fora. Pior pra você. E pra mim, que tenho que lhe trazer pra nova consulta. Não quero saber de agrado, seu tapeador, chegue pra lá que estou dirigindo.  Nem venha com esse seu olhar lânguido. Parece criança! O que é que está vendo Nicolau? Já sei, gostou da bonitinha enfeitada foi? Não é pro seu bico. Ela é muita farinha pro seu caminhão, teria que dá duas viagens, seu bobo fogoso. Pra isso que a natureza fez os machos, para correr atrás de fêmeas. Pois é doutor, não está vendo essa carinha  de santo? Isso apronta que o senhor nem imagina. Nem vou entrar para os exames, só quero ouvir as recomendações. Pronto? Ouviu bem Nicolau? Agora é  com você, lavo minhas mãos. Vou lhe deixar em casa porque sua vida tá ganha e seu leitinho garantido, aliás, acho que vou mudar para o desnatado, você está ficando gordo, o doutor falou: "regime nele"! Nem pense que vou ter peninha de você.  Tá bom, agora aceito o beijinho de despedida.
Há! Nicolau, eu brigo assim, mas sem você não vivo, meu cachorrinho lindo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Meu livro na Bienal do Livro de São Paulo



Estive na Bienal do Livro de São Paulo e pude constatar que as crianças e os adolescentes foram o grande sucesso deste evento. Participei como autora através da Editora Garcia Edizioni, que publicou meu livro " Os dois  mundos de Prudêncio"
Em tempos de leituras rápidas, e-books e de leitores sem tempo, optei por escrever pequenos contos que possam ser lidos numa sentada. O importante é transmitir a mensagem do que se quer dar em poucas linhas ou entrelinhas e até mesmo de forma oculta. 
Este Livro conta a história do personagem Prudêncio, que confunde fantasia com realidade e, em seus devaneios, relata situações que deixa o leitor também na dúvida. Em formato impresso e digital.
Em e-book pode ser adquirido pelo
http://clubedeautores.com.br
Impresso pela editora Gracia Edizioni ou email da autora dnoguei@ hotmail.com


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