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sábado, 29 de julho de 2023

O SER e o TER - Miniconto / Darcy Brito

-Olá, amigo TER, quer trocar de lugar comigo? -Por que amigo SER? -Porque SER é muito difícil. Não me sustento, a toda hora tenho que mudar. -Explique-se, amigo SER. Se você muda então você não é, apenas está. - Como eu posso ser tantos ao mesmo tempo? Às vezes sério, às vezes alegre, às vezes triste. Para eu ser precisaria ficar indiferente, introspectivo, sossegado. - Ah! Mas não seria monótono? Veja eu. A toda hora uma novidade! Tenho muitas coisas e estou sempre querendo mais. Se abuso de uma coisa logo surge outra. Não paro. Insatisfação é o meu nome. Mas, pensando bem, essa inquietação é muito cansativa também. . Você não iria gostar. - Poderíamos fazer uma experiência. Se só SER é monótono e só TER é cansativo poderemos nos associar. Quando você cansar de tanto TER eu lhe empresto o meu SER para você sossegar e você me empresta o seu TER para eu fugir do SER. - É arriscado amigo. Você pode não ter retorno, pois quando se tem dificilmente se quer perder. O mais difícil é o desapego para voltar a ser. - Arrisco experimentar se você topar. Quem sabe vai ser uma boa experiência para nós dois? Além de divertido. - Façamos o seguinte: vou parar por uns tempos o TER. E você escolhe algumas coisas que eu já tenho e fica com elas. Se eu não sentir falta delas nem desejar outras, por enquanto, é sinal que poderemos fazer um acordo. Eu assumo o seu SER, provisoriamente, só para experimentar, combinado? - Combinado. Vamos ver o que você tem, ou o que me interessa. - Fique à vontade amigo SER. Escolha o que quiser, mas lembre-se de devolver caso eu solicite. Vou fechar os olhos e ficar na minha enquanto SER e você TER. E assim foi feito. O Ser ficou inebriado com os bens materiais do Ter e incorporou tudo: Carrão, celular avançado, roupas de grifes, televisão de última tecnologia, cartão de crédito, etc. Pegou tudo, se vestiu bem, entrou no carrão, e saiu para dá umas voltas, andou por vários lugares, fez novas amizades, conquistou vários amores, e nem lembrava mais do SER , que tinha deixado dormindo. Cansado de esperar, o SER perguntou se não estava na hora de devolver o que tinha tomado emprestado do TER. -Ainda nem comecei a sentir o gostinho do TER e você já está me cobrando? Durma mais um pouco. - Tudo bem, fique à vontade. O Ser está me deixando mais leve, acho mesmo que estava precisando de um descanso, de um relaxamento. - E eu de uma injeção de ânimo. Vou trocar de carro, celular, e comprar roupas novas. Quando chegar a hora lhe devolverei tudo. - Não demore muito porque você corre o risco de não me encontrar quando voltar. Mas o TER nem ouviu o que o Ser falou, e continuou nas suas aventuras e buscas de novos bens materiais. Até que um dia se viu com um problema muito sério de saúde que fez seu corpo definhar, e mesmo usando todos os recursos que tinha tomado emprestado do Ter, de nada adiantou. Foi quando ao se olhar no espelho, e não se reconhecer, perguntou: Quem é você? E o espelho respondeu: eu sou o SER, que esperou muito tempo por sua volta. - E onde está o TER? - Eu é que pergunto, onde está o TER?

quinta-feira, 6 de julho de 2023

O que aconteceu com os 56 homens que assinaram a Declaração de Independência dos EUA?

Enviado por TERÇA LIVRE allandossantos@substack.com Eles pagaram caro pela liberdade
O que aconteceu com os 56 homens que assinaram a Declaração de Independência? Cinco signatários foram capturados pelos britânicos como traidores e torturados até a morte. Doze tiveram suas casas saqueadas e queimadas. Dois perderam seus filhos no exército revolucionário, enquanto outro teve dois filhos capturados. Nove dos 56 lutaram e morreram devido a ferimentos ou dificuldades da guerra revolucionária. Eles assinaram e comprometeram suas vidas, suas fortunas e sua honra sagrada. Que tipo de homens eram eles? Vinte e quatro eram advogados e juristas. Onze eram comerciantes, nove eram agricultores e grandes proprietários de plantações, homens abastados e bem-educados. Mas eles assinaram a Declaração de Independência sabendo muito bem que a pena seria a morte se fossem capturados. Carter Braxton, da Virgínia, um rico fazendeiro e comerciante, viu seus navios serem varridos dos mares pela Marinha Britânica. Ele vendeu sua casa e propriedades para pagar suas dívidas e morreu em trapos. Thomas McKeam foi tão perseguido pelos britânicos que foi forçado a mudar constantemente sua família de lugar. Ele serviu no Congresso sem receber salário, e sua família era mantida escondida. Seus bens foram confiscados e a pobreza foi sua recompensa. Vândalos ou soldados, ou ambos, saquearam as propriedades de Ellery, Clymer, Hall, Walton, Gwinnett, Heyward, Ruttledge e Middleton. Na batalha de Yorktown, Thomas Nelson Jr. observou que o General Cornwallis havia ocupado a casa de Nelson como quartel-general. O proprietário silenciosamente instigou o General George Washington a abrir fogo. A casa foi destruída, e Nelson faleceu falido. Francis Lewis teve sua casa e propriedades destruídas. O inimigo aprisionou sua esposa, e ela morreu alguns meses depois. John Hart foi expulso do lado de sua esposa enquanto ela estava morrendo. Seus 13 filhos fugiram para salvar suas vidas. Seus campos e seu moinho foram devastados. Por mais de um ano, ele viveu em florestas e cavernas, retornando para casa e encontrando sua esposa morta e seus filhos desaparecidos. Poucas semanas depois, ele morreu de exaustão e coração partido. Norris e Livingston sofreram destinos semelhantes. Essas foram as histórias e sacrifícios da Revolução Americana. Eles não eram arruaceiros descontrolados. Eram homens de posses e educação, de fala mansa. Eles tinham segurança, mas valorizavam a liberdade acima de tudo. Mantendo-se altos, retos e firmes, eles prometeram: 'Pelo apoio a esta declaração, com firme confiança na proteção da providência divina, mutuamente nos comprometemos, nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra. Texto originalmente publicado no LOCALS de Paulo Figueiredo.

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PUBLICADO POR Redação Warren Alan Turning Se hoje temos acesso a computadores e às inovações da inteligência artificial, um dos grandes resp...