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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Futuro do Livro - Robert Darnton



Publicado em 19/06/2012


Robert Darnton, diretor da biblioteca de Harvard, fala sobre o futuro do livro num mundo que observa a massificação da internet e a popularização dos leitores eletrônicos. Autor de A questão dos livros e a frente da Digital Public Library of America, iniciativa que deve disponibilozar online e de graça 2 milhões de livros a partir de 2012, o historiador fala também do papel que as bibliotecas devem assumir num futuro próximo.


Comente se você é a favor ou contra o livro tradicional

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Origem da comemoração do Ano Novo


O ritual de comemoração do Ano Novo teve uma origem diretamente ligada à natureza, aos ciclos celestes e lunares e à agricultura – daí a ideia de recomeço, preservada até os dias atuais.
A primeira comemoração ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a.C. e era conhecida como "Festival de Ano Novo". Na Babilônia, a festa começava na primavera por ocasião do equinócio, ou seja: no ponto ou momento em que o Sol, corta o equador, fazendo com que os dias sejam iguais às noites.
Deus Juno
Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia para a comemoração desta grande festa (753 a.C.).O ano começava em 1º de março, mas foi num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo trocado em 153 a. C., adotado em 46 a.C , e mantido no calendário juliano. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano, o deus de duas faces (bifronte) - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado) o deus dos portões, a quem os romanos dedicavam esse dia. O povo Romano adoravam vários Deuses, e não existe nenhum relato de que o povo Judeu, que viveu nessa mesma época, tenha
comemorado o ano novo, tampouco os primeiros cristãos.
Em 1582 a Igreja Católica consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano criado pelo Papa Gregório VIII.
Alguns países comemoram em datas diferentes: Na China, por exemplo, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos.
No Japão, o Ano Novo é comemorado nos três primeiros dias de janeiro.
A comunidade judaica comemora sua festa de Ano Novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, em meados de setembro ou no início de outubro e dura dois dias.
Os islâmicos celebra o Ano Novo em meados de maio. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (que em árabe significa emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622. Nesta ocasião, o profeta Maomé deixou a Cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.


O termo Réveillon tem origem no verbo francês réveiller, "acordar", "deixar de dormir", do latim velare, "fazer vigília", de vigilare, "velar, cuidar, não dormir". Na França, o termo é usado mais comumente no Natal, mas também é usado no ano-novo como Réveillon de la Saint-Sylvestre, pois o dia 31 de dezembro é o dia de São Silvestre. No Brasil, o termo se popularizou para se referir à festa de ano-novo.Pular sete ondinhas e fazer sete pedidos assim que soa a meia-noite do Ano Novo é um costume brasileiro tão arraigado quanto vestir branco. A origem desses rituais está nas religiões africanas trazidas pelos escravos. O branco representa luz, pureza e bondade.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Aniversário - Origem da palavra e suas comemorações



A palavra aniversário vem do latim anniversarius (anni = "ano" + vers = "que retorna" + arius = "data"), que significa "o que volta todos os anos" ou "o que acontece todos os anos"

A moda surgiu por volta de 3000 a.C. Tanto os egípcios quanto os gregos, que adotaram o costume, restringiam as comemorações apenas a seres superiores: faraós e deuses.
A prática de comemorar aniversários só se tornou comum no Ocidente no século 19, quando, na Alemanha, foi organizado um festival comemorativo coletivo.
. As pessoas acreditavam em espíritos bons e maus, às vezes chamados de fadas boas e más. Todos temiam que esses espíritos prejudicassem o aniversariante, de modo que ele ficava cercado de amigos e parentes, cujos votos de felicidade, e sua própria presença, o protegeriam contra os perigos desconhecidos que o aniversário natalício apresentava. Dar presentes resultava em proteção ainda maior. Dizer feliz aniversário aos amigos e pessoas queridas da família ou não era a maneira supersticiosa de protegê-los dos maus espíritos. O costume de acender velas nos bolos começou com os gregos. Bolos de mel redondos como a lua e iluminados com velas eram colocados nos altares do templo de Ártemis. As velas de aniversário, na crença popular são dotadas de magia especial para atender pedidos. A guarda de registros de aniversários natalícios era importante, nos tempos antigos, principalmente porque a data do nascimento era essencial para se fazer um horóscopo. “Os primeiros cristãos não celebravam o nascimento de Cristo porque consideravam a comemoração do aniversário um costume pagão.”* Eles provavelmente sabiam que as comemorações de aniversário natalício tinham ligação com superstições. Foi só no século 4 que a Igreja começou a celebrar o nascimento de Cristo, o Natal. Daí, ressurgiu o hábito de festejar aniversários e pouco a pouco foram surgindo as peças simbólicas: o bolo, as velinhas, o "Parabéns a Você" etc.
O "Parabéns a Você" surgiu em 1875. Na verdade, nesse ano as americanas Mildred e Patricia Hill criaram a melodia de "Good Morning to All", que, depois de mudanças aqui e ali, deu origem ao "Parabéns a Você", em 1924. A versão brasileira da música foi decidida em um concurso da Rádio Tupi-RJ, em 1942, vencido pela paulista Bertha Celeste Homem de Mello

* Do livro Birthday Parties Around the World (Festas de Aniversário em Todo o Mundo), 1967. dos antropólogos americanos Ralph e Adelin Linton.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O teste para Papai Noel - Ficção


O alvoroço estava formado na porta do shopping. Ninguém sabia explicar o que estava acontecendo. O que se via era um grupo de Papai Noel falando alto, puxando a barba e apalpando a barriga um do outro, para constatar se era natural, gritando Ho-Ho-Ho, até que chegou um gordo, se dizendo o responsável e pedindo que fizessem fila para o teste:
- Vamos acabar com essa baderna. Não adianta discutir, só quem tem um bom currículo, saúde de ferro e  diploma de Papai Noel é que será aprovado. Só temos uma vaga e quem não preencher os requisitos será eliminado.
- Antigamente não pediam nada disso. Bastava ser velho, barrigudo e com barba branca. A gente só fazia o teste do ho-ho-ho e quem fizesse melhor era contratado. Agora com esse tal de currículo passa até travesti. Aqui mesmo tem um- disse o mais exaltado.
- Traveca? - gritaram todos.
- Isso mesmo. Mas não vou apontar, quero ver na hora do teste. A barba é postiça.
Dito isso todos riram e passaram a olhar e medir uns aos outros.

- Atenção,  quem chegou primeiro? Disse o responsável  dono da fila.

- Eu estou aqui desde as três da manhã, ficha número um.
- Muito bem, vamos entrar.
- O número 1 entrou e saiu depois de alguns minutos.
- Número 2! - gritou o responsável.
Todos queriam saber como foi o teste e ficaram a fazer perguntas ao número 1que acabara de ser entrevistado.
- Bem, me mandaram sentar numa cadeira de Papai Noel e, quando cruzei as pernas, ouví um baita grito "Não pode cruzar as pernas"-
Todos riram e disseram: então o traveco é você?
- Claro que não. Na hora do "ho-ho-ho" mostrei quem sou. Duvido que tenha alguém aqui que ganhe pra mim no ho-ho-ho.
-E o seu currículo? - perguntou o número 3.
- Ficou com eles. Sou experiente de muitos natais. Sei como me comportar e respondi bem às perguntas.
Por exemplo: que cuidados temos que ter com a criança na hora de tirar retrato no colo?
- Qual é?
-Não vou dizer. Você é meu concorrente. Ainda falei pra eles que na Inglaterra é proibido Papai Noel colocar criancinhas no colo. E eles nem sabiam disso. Tenho certeza que fui aprovado.
- Que mais eles perguntaram?
- O que fazer se a mamãe da criança também quiser tirar retrato com Papai Noel?
- E o que você respondeu.
- Bem, se for bonita pode até sentar no colo. Sorriram.
- Então, já perdeu no teste - falou o  ficha 4.
-Engana-se, até minhas bochechas eles examinaram e disseram que são vermelhinhas e naturais. Ninguém aqui tem bochechas vermelhinhas como as minhas.
 Só  o número 5 ficava calado sem perguntar nada, aguardando a sua vez.
Saiu o 2 e entrou o 3
- E aí companheiro? todos perguntaram.
- Alguém aí sabe falar mais de uma língua?
- Por quê? Perguntou o número 4
- Eles estão querendo saber.
- Você sabe?
- Aprendi algumas palavras em inglês no curso de Papai Noel de fins de semana.
- E você falou em inglês pra eles?
- Falei, mas eles fizeram careta. Acho que não entenderam nada.
- Sai o 3 e entra o 4
- E aí companheiro? perguntou o número 1
- Quem tem menos de 60 anos aí?
- Acho que ninguém, por quê?
- Quando eu disse que tinha 65, eles disseram que o rojão era para alguém com menos idade. Não querem mais os vexames de levar velhinho para emergência no final da jornada de trabalho.
- Então, não vai haver mais Papai Noel em lugar nenhum. E que mais?
- Falei que fazia exercício físico todos os dias e que tenho uma saúde de ferro.
-Isso é por causa do Papai Noel que teve um infarto no ano passado - disse o 2
- Se eu não for aprovado vou tentar as lojas do centro da cidade. Pagam menos mas é melhor que nada - disse o sessentão.
Sai o 4 e entra o 5.
- Que cara é essa, n°4?
- Vou processar o shopping. Fui vítima de racismo. Disseram que sou afro-descendente e que não era teste para aprovar um Pai Tomaz. Me humilharam.
- Pensando bem, todo Papai Noel tem bochechas rosadas e você nem bochecha tem. Tá mais pra Jesus Cristo - disse o número 1 rindo e todo vaidoso com as suas bochechas vermelhinhas.
- E as cotas não contam? Vou convocar todos os papais noés para um manifesto de rua.
- Cota? Era só o que faltava. Isso, aqui, não é vestibular, companheiro - disse o número 3.

Retorna o responsável e avisa:

- Estão dispensados, o número 5 foi aprovado. Sinto muito, mas, quem sabe no próximo ano.
Desolados, todos queriam saber o que o 5 tinha a mais e melhor que eles. Ficaram esperando que o aprovado saísse e desse uma explicação. Em vão. Aí surgiram vários boatos: pistolão, cartas marcadas etc.
- Bem que eu achei aquele cara estranho. Não falava nada, sempre escondidinho atrás daquela revista de propaganda do shopping - falou desconfiado o afro.
- Temos o direito de saber a razão - falou o número 1 das bochechinhas vermelhas.Vamos entrar. Com certeza ele ainda está na sala do gerente.

Quando escondidinho percebeu que a turma estava entrando, saiu ligeirinho pelos fundos da sala com ajuda do gerente.
No outro dia lá estava o escondidinho bem disfarçado de Papai Noel, na área externa do shopping, discursando e afirmando que nunca na história desse país os pobres tiveram um natal tão farto. Ho-ho-ho!


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Meus Livros em Clube de Autores - Formato digital

http://clubedeautores.com.br
Meus Livros em Clube de Autores - Formato digital
Cover_front_smallOnde Estou? 

Darcy Nogueira Brito
Versão ebook: R$ 8,85
Avani é uma mulher que convive, dia e noite ,com o fantasma do mal de Alzheimer. Sua mãe foi vítima deste mal numa idade precoce e por este motivo ela acredita que herdou o gene da doença.Qualquer esquecimento temporário é motivo pra Avani se desesperar

Cover_front_smallA Rebelião do Melão Amarelão e seus Amigos 
Conto Infanto-Juvenil 
Darcy Nogueira Brito
Versão ebook: R$ 8,85
O Livro conta a história de uma rebelião liderada pelo Melão Amarelão para protestar contra o mal uso e maus tratos das frutas e legumes sofridas nos supermercados, pelos consumidores e repositores. Escrito de forma didática, a autora aproveita para dá noções de ciências naturais valorizando a importância das frutas, legumes e verduras na alimentação.

Cover_front_smallA escritora e o coveiro 
Uma escritora que procura um psicnalista para desvendar o mistério da morte sempre presente em suas histórias de ficção 
Darcy Brito
Versão ebook: R$ 5,53

Cover_front_smallO Bolo 
Conto 
Darcy Brito
Versão ebook: R$ 5,53
Uma dona de casa que é dada como sequestrada e de repente as pessoas se dão conta da sua importancia e o quanto era ignorada no dia-a-dia. O lar antes harmonioso de repente vira de cabeça para baixo Será que ela vai ser resgatada

Cover_front_smallO Baú do Vovô Pança 
Formato: A5
Conto Infanto-Juvenil 
Darcy Nogueira Brito
Versão impressa: R$ 21,26
Versão ebook: R$ 5,53
O livro narra um diálogo emocionante entre um garoto e seu avô,que relata episódios vividos quando criança, falando das brincadeiras de épocas passadas, ensinando e comparando-as com os dias de hoje. O baú, na verdade, são suas lembranças que ele vai descrevendo enquanto responde às perguntas do neto.

Cover_front_smallOs dois mundos de Prudencio 
Conto 
Darcy Brito
Versão ebook: R$ 5,53
Prudencio vive num mundo à parte, num self que não coaduna com a realidade ao seu redor. Difícil saber quando ele está sonhando ou acordado. Mas as suas reflexões traduzem muitas verdades que rondam seu imaginário.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mitologia Grega - O Enigma da Esfinge


Decifra-me ou devoro-te! O enigma da Esfinge
A Esfinge foi um importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma lenda grega que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas destruindo os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse seria devorado – decifra-me ou devoro-te!. Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem, pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha enviuvada, sua própria mãe.

História de Édipo

Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos. Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto").
Laios casou-se com Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não conseguiam ter filhos. Por essa razão, muito religiosos, foram consultar o Oráculo de Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e mandou os servos matarem o bebê.
Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção contrária. Tentou desviar-se mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a vida andando sobre dois pés mas,velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas.
Tiveram quatro filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas, chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade.


Mitologia Grega, conjunto de crenças e práticas ritualísticas dos antigos gregos, cuja civilização formou-se por volta do ano 2000 a.C. É composta basicamente de um conjunto de histórias e lendas sobre uma grande variedade de deuses. A mitologia grega desenvolveu-se plenamente por volta do ano 700 a.C. Nessa data já existiam três colecções clássicas de mitos: a Teogonia, do poeta Hesíodo, e a Ilíada e a Odisseia, do poeta Homero.
A mitologia grega possui várias características específicas. Os deuses gregos assemelham-se exteriormente aos seres humanos e apresentam, ainda, sentimentos humanos.
A mitologia grega enfatizava o contraste entre as fraquezas dos seres humanos e as grandes e aterradoras forças da natureza
.O povo grego reconhecia que suas vidas dependiam completamente da vontade dos deuses. Em geral, as relações entre os humanos e os deuses eram amigáveis. Porém, os deuses aplicavam severos castigos aos mortais que revelassem conduta inaceitável, como orgulho complacente, ambição extrema ou prosperidade excessiva.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Marcel Proust -100 anos de "No caminho de Swann" - primeiro volume de Em busca do tempo perdido

Marcel Proust nasceu em Auteuil, subúrbio de Paris, em 1871. De saúde frágil, teve uma infância cheia de cuidados. Durante a adolescência, viveu nos Champs-Élysées, em Paris, onde o ar saudável lhe ajudava a diminuir os efeitos da asma.

Em 1891, ingressou na Faculdade de Direito da Sorbonne; preparou-se para seguir a carreira diplomática, da qual desistiu para dedicar-se à literatura. Seus primeiros escritos datam de 1892, quando, com alguns amigos, fundou a revista Le Banquet. A seguir, passou a colaborar em La Revue Blanche, freqüentando ao mesmo tempo os salões aristocráticos parisienses, cujos costumes forneceram material para sua obra literária, iniciada com Os Prazeres e os Dias (1896).
A morte da mãe, em 1905, fez dele herdeiro de uma fortuna razoável. Com a saúde cada vez mais debilitada, Proust acaba isolando-se dos meios sociais para dedicar-se exclusivamente à criação de Em Busca do Tempo Perdido, (do francês "À la recherche du temps perdu")  uma obra romanesca publicada entre 1913 e 1927, em sete volumes.No caminho de Swann, foi primeiro volume de Em busca do tempo perdido, editado há exatos cem anos.
Uma de suas ideias mais originais, porém, é a distinção entre memória voluntária e involuntária. Para Proust, não é possível acessar o próprio passado por meio da inteligência. Só a memória involuntária, disparada por algum elemento, é capaz de recuperá-lo. Daí a cena clássica da Madeleine. Ao mergulhar o doce numa xícara de chá e prová-lo, o protagonista relembra toda a sua infância na cidade fictícia de Combray.
O livro de Marcel Proust havia sido recusado por várias editoras, inclusive a NRF, casa editorial da revista Nouvelle Revue Française, editada por Gaston Gallimard (1891-1975) e Andre Gide (1869-1951). Proust teve de bancar a publicação, que saiu pela editora Bernard Grasset.
Os sete volumes que constituem a obra são (os títulos em português são os da edição portuguesa da Relogio d'Água publicados entre2003-2005 numa tradução de Pedro Tamen):
- Du côté de chez Swann (No caminho de Swann 1913)
- À l'ombre des jeunes filles en fleurs (À sombra das raparigas em flor, 1919), recebeu o prémio Goncourt desse ano)
- le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921)
- Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922)
- la Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923)
- Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive)
- le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927)

Proust é considerado como o primeiro autor clássico de seu tempo), "Em busca do tempo perdido" se classifica entre as maiores obras da literatura universal.

A tradução brasileira foi feita por Mário Quintana, o primeiro volume em 1948, o segundo em 1951 e os demais durante a década de 1950, e editada pela Editora Globo de Porto Alegre. Uma das traduções portuguesas é de Pedro Tamen, pela editora Relógio d'Água e Círculo de Leitores de Lisboa, entre 2003 e 2004.

Proust morreu em Paris, em 1922.

                                  Algumas frases de Marcel Proust

- "Os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam."

- "A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos."

- "A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito."

- "Aquilo que se aproxima não é a comunhão das opiniões, mas a consanguinidade dos espíritos."

- "Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras."

 -"O amor é uma doença inevitável, dolorosa e fortuita".

 -"Tudo o que foi prazer torna-se um fardo quando não mais o desejamos".


Mulheres que atravessaram o século

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