Em 1891, ingressou na Faculdade de Direito da Sorbonne; preparou-se para seguir a carreira diplomática, da qual desistiu para dedicar-se à literatura. Seus primeiros escritos datam de 1892, quando, com alguns amigos, fundou a revista Le Banquet. A seguir, passou a colaborar em La Revue Blanche, freqüentando ao mesmo tempo os salões aristocráticos parisienses, cujos costumes forneceram material para sua obra literária, iniciada com Os Prazeres e os Dias (1896).
A morte da mãe, em 1905, fez dele herdeiro de uma fortuna razoável. Com a saúde cada vez mais debilitada, Proust acaba isolando-se dos meios sociais para dedicar-se exclusivamente à criação de Em Busca do Tempo Perdido, (do francês "À la recherche du temps perdu") uma obra romanesca publicada entre 1913 e 1927, em sete volumes.No caminho de Swann, foi primeiro volume de Em busca do tempo perdido, editado há exatos cem anos.
Uma de suas ideias mais originais, porém, é a distinção entre memória voluntária e involuntária. Para Proust, não é possível acessar o próprio passado por meio da inteligência. Só a memória involuntária, disparada por algum elemento, é capaz de recuperá-lo. Daí a cena clássica da Madeleine. Ao mergulhar o doce numa xícara de chá e prová-lo, o protagonista relembra toda a sua infância na cidade fictícia de Combray.
O livro de Marcel Proust havia sido recusado por várias editoras, inclusive a NRF, casa editorial da revista Nouvelle Revue Française, editada por Gaston Gallimard (1891-1975) e Andre Gide (1869-1951). Proust teve de bancar a publicação, que saiu pela editora Bernard Grasset.
Os sete volumes que constituem a obra são (os títulos em português são os da edição portuguesa da Relogio d'Água publicados entre2003-2005 numa tradução de Pedro Tamen):
- Du côté de chez Swann (No caminho de Swann 1913)
- À l'ombre des jeunes filles en fleurs (À sombra das raparigas em flor, 1919), recebeu o prémio Goncourt desse ano)
- le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921)
- Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922)
- la Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923)
- Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive)
- le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927)
- À l'ombre des jeunes filles en fleurs (À sombra das raparigas em flor, 1919), recebeu o prémio Goncourt desse ano)
- le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921)
- Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922)
- la Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923)
- Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive)
- le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927)
A tradução brasileira foi feita por Mário Quintana, o primeiro volume em 1948, o segundo em 1951 e os demais durante a década de 1950, e editada pela Editora Globo de Porto Alegre. Uma das traduções portuguesas é de Pedro Tamen, pela editora Relógio d'Água e Círculo de Leitores de Lisboa, entre 2003 e 2004.
Proust morreu em Paris, em 1922.
Algumas frases de Marcel Proust
- "Os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam."
- "A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos."
- "A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito."
- "Aquilo que se aproxima não é a comunhão das opiniões, mas a consanguinidade dos espíritos."
- "Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras."
-"O amor é uma doença inevitável, dolorosa e fortuita".
-"Tudo o que foi prazer torna-se um fardo quando não mais o desejamos".
- "A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos."
- "A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito."
- "Aquilo que se aproxima não é a comunhão das opiniões, mas a consanguinidade dos espíritos."
- "Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras."
-"O amor é uma doença inevitável, dolorosa e fortuita".
-"Tudo o que foi prazer torna-se um fardo quando não mais o desejamos".
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