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Angústia ou Borderline?
Por Amanda Patricia Sales
Marilyn Monroe foi um ícone de beleza e fama, porém um conjunto de características em sua personalidade mostra um comportamento carente, instável e imaturo. Alguns estudos psicológicos equivalem sua extrema agonia ao transtorno de personalidade Borderline. Diagnóstico esse que foi introduzido na década de 1930, caracterizando-se pela notável instabilidade no funcionamento. Através de revisão de literatura, foi feita uma análise da personalidade de Marilyn, comparando-a aos critérios diagnósticos do transtorno de personalidade Borderline (TPB).
Etimologicamente, o termo personalidade originou-se de “persona”, que é a máscara usada pelos personagens do teatro grego. A personalidade se caracterizaria por dois aspectos paradoxais: estabilidade e dinamismo. Estabilidade porque tende a se manter a mesma ao longo da vida, no entanto, é passível de mudanças a partir de alterações neurobiológicas e existenciais.
O termo personalidade é usado para ilustrar o comportamento do indivíduo, assim como suas idiossincrasias.
PRINCIPAIS SINTOMAS DO TPB:
• Sentimento crônico de vazio existencial e tédio.• Falta de sentimento consistente de identidade.
• Medo patológico de ser abandonado – uma pequena rejeição pode gerar imensa descompensação emocional.
• Dificuldade acentuada na regulação das emoções.
• Tendências impulsivas para comportamentos auto ou heteroagressivos, frutos de um Superego imaturo, facilitando a ação em detrimento da mentalização e da verbalização das emoções e dos impulsos.
• Humor instável com episódios de ansiedade, irritabilidade, depressão, ciúme doentio; tudo isso com flutuações que podem ser de dias, horas e até minutos. Aliás, aqui deve-se abrir um parênteses a fim de diferenciar o TPB do transtorno afetivo bipolar (TAB) – transtorno com o qual muitas vezes o TPB é confundido –, pois os pacientes com TAB tendem a demorar mais tempo para ciclarem de um afeto a outro.
• Comportamentos de automutilação (comportamento parasuicida) que são usados como forma de chamar a atenção do outro, expressar raiva ou fugir de afetos opressivos.
• Tentativas de suicídio – muitas vezes tentativas manipuladoras – sendo, nesse transtorno, o ato suicida muito mais fruto de um impulso do que de um planejamento.
• Autoestima baixa.
• Autoimagem frágil e instável gerando mudanças frequentes de projetos pessoais e profissionais, de círculos de amizade e até de opinião.
• Relacionamentos afetivos intensos e de extremos entre idealização e desvalorização. Costumam ver os outros como figuras de apego apoiadoras ou como sádicas, quando essas ameaçam deixá-los.
• Angústia difusa e flutuante; sintomas de aparência neurótica; traços de personalidade infantil, depressiva e masoquista.
As bases do desenvolvimento da personalidade estariam na hereditariedade e no ambiente que irão interagir formando um indivíduo único.
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