Não coaduno com a opinião de quem
acha que o passado não importa. É no passado que está a nossa identidade. É com
os erros do passado que corrigimos o presente e planejamos o futuro. Todo e
qualquer gesto nosso a cada segundo já é passado, e é ele que vai lhe permitir
viver ou não, porque, na verdade, passado, presente e futuro estão dentro de
uma mesma linha do tempo, que é único e eterno. Tudo que existe é consequência de
etapas passadas: o Universo com suas estrelas e planetas; a vida na Terra não
se formaria sem um processo, e processo é conjunto de passado. Sem o passado não
haveria lembranças, e estaríamos começando tudo todos os dias. Os criminosos
não seriam punidos e não teríamos os cárceres. Há também quem pense que tudo é
eternamente presente. Mas se nada é imutável, penso que somos mais passado que
presente, este passa rápido. O somatório de atitudes pode construir ou destruir,
e feliz daquele cujo passado não lhe pesa nos ombros, porque há erros que não
podem ser consertados. Recomeçar não significa começar tudo de novo e sim que o
antes deve ser editado e não excluído.
Mas falar de tempo pode ser pura filosofia e,
como tal, cabe discordar.
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