Li na Revista Filosofia Ciência e Vida, de outubro de2014, uma entrevista com o professor de Filosofia, doutor e mestre em Educação, Jorge da Cunha Dutra, onde ele diz, dentre outras coisas, que " se é verdade que uma andorinha só não não faz verão, professores, mesmos sozinhos, podem produzir acontecimentos que impulsionarão processos de mudanças numa sociedade". No artigo ele defende o ensino da Filosofia no curso fundamental, que leve o aluno a pensar, questionar e não apenas criticar o estabelecido. Infelizmente o despreparo de alguns professores, sem formação na matéria, posto no cargo para cobrir carências de carga horária, tem frustrado os docentes que acabam por não aproveitar o que de bom a Filosofia pode ajudar, inclusive como matéria interdisciplinar e até mesmo transdisciplinar.
Ora, o que dizer de um país como o Brasil, no qual um Ministro de Educação já disse que não sabe pra que serve um Museu; que um Presidente confessa que não gosta de ler e só tem a terceira série do ensino primário; que Cultura é artigo de luxo, porque os seus mandatários não imaginam que cultura não é apenas arte, que ela engloba muito mais que isto. Até mesmo o comportamento de um povo que não zela pela sua conduta moral e ética, como é o caso de boa parte dos brasileiros, é uma questão de cultura. E o que a Filosofia tem a ver com isso que acabo de exemplificar? Bem, se Educação é sinônimo de luxo, o que dizer do ensino da Filosofia? Como bem diz o professor Dultra: "já vi absurdos de governos estaduais planejarem a diminuição de aulas de Filosofia para aumentar as aulas de Matemática ou de Língua Portuguesa, para melhorar a posição das escolas no IDEB e em outros sistemas de avaliação da Educação básica".
E volto a perguntar, qual a contribuição ou importância do professor na atual conjuntura política do Brasil. Considerando que muitos deles são submetidos a carga horária estressante e que o sistema de ensino pouco investe na melhoria da formação desses professores, como bem diz Dultra, acredito que pouco ou quase nada eles têm feito para mudar a situação, pois para isso seria necessário um trabalho que levasse seus alunos a pensar, questionar e expressar seu pensamento a respeito do assunto, e pensar é filosofar.
E volto a perguntar, qual a contribuição ou importância do professor na atual conjuntura política do Brasil. Considerando que muitos deles são submetidos a carga horária estressante e que o sistema de ensino pouco investe na melhoria da formação desses professores, como bem diz Dultra, acredito que pouco ou quase nada eles têm feito para mudar a situação, pois para isso seria necessário um trabalho que levasse seus alunos a pensar, questionar e expressar seu pensamento a respeito do assunto, e pensar é filosofar.
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