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foto ilustrativa da revista Filosofia Ciência e Vida |
Li um artigo na revista Filosofia Ciência e Vida, de Renato Nunes Bittencourt, doutor em filosofia pelo PPGF-UFRJ, a respeito de Comunicação nos tempos modernos, cujo sub-título é Tecnologia e Alienação, o qual repasso resumido aqui :
Diz ele -" Ao invés de aproximar as pessoas e mobilizá-las para a efetivação de causas comuns, o uso alienado das tecnologias comunicacionais, em verdade, gera o distanciamento pleno entre as pessoas, pois o interlocutor é estigmatizado como uma mera coisa, desprovida de subjetividade. Fica claro que o problema fundamental dessa incomunicação humana não está, obviamente, nos instrumentos técnicos, nos aplicativos, nas redes sociais, mas sim na falta de disposições éticas que permeiem as ações humanas nesse novo contexto cultural da sociedade de informação, que poderia promover, talvez, uma revolução política de escala global caso o amor pela liberdade e pela justiça fossem os motores do engajamento comunicacional na era da virtualização das informações. E, mais adiante, ele diz que o indivíduo autoconcentrado da era tecnológica é informado de diversos acontecimentos ocorridos pelo mundo, mas não conhece as contradições mais violentas que estão incrustadas no seio de sua própria sociedade, como a criminalização da pobreza, a repressão policial, os preconceitos de toda espécie. Esse indivíduo somente toma ciência de que seu mundo encantado das redes virtuais é sujo e feio quando o seu celular é roubado por infrator ou quando seu notebook pifa impedindo-o momentaneamente de interagir com seus contatos virtuais".
Aproveitando o momento político do Brasil eu pergunto: qual foi a real contribuição dos jovens nestas eleições de 2014? Muitos estão votando pela primeira vez. Onde estão os estudantes que fizeram o movimento de Junho de 2013? Nos Whats Apps, nos selfies?
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