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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Poemas meus

Tempo de Ausências

Em que canto se escondem 
os estímulos de outrora, 
que me davam motivos de alegria 
a toda hora? 
Em que campos florescem  
as sementes da ilusão 
e em que cemitério repousa
o  fruto da desilusão? 
Em que trecho do caminho  
soltaram-se as mãos, 
desviaram seus rumos 
e mudaram de chão? 
Quem salgou a saudade 
que invade o espaço 
da perdida inocência 
ocupada pela ausência? 
Onde estão as  ausências 
senão em mim?

Talvez, quem sabe?

Talvez não haja vento 
Talvez a chuva caia 
Talvez não haja tempo
Talvez a voz não saia
Quem sabe a raiva passa
Quem sabe a indiferença vença
Quem sabe  a alegria se faça
Quem sabe ficar compensa

    
Alívio

Um tropeço um espanto
Um olhar um encanto
Nas mãos  um calor santo                                   
No riso o calar do pranto
Não sou santa 
mas me espanto  
com tudo que me encanta
Se tropeço no riso
faço calar o pranto

Apreço
Não gosto de adereços
Tenho o que sou 
E o que mereço
Minha vida não tem preço
Tem apreço 
Se for chocolate amargo
O que ofereço
Quando quente derreto
Frio endureço




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