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Atual Ministro da Educação e Cultura Mendonça Filho |
Acredito que a extinção do Ministério da Cultura e sua fusão com o Ministério da Educação, protestada por produtores culturais de todo o País, não significa retrocesso, apesar de já ter existido no Brasil antigamente. Hoje em dia isto é praxe em países como Austrália, Espanha e Reino Unido. O importante é que haja uma boa gestão pública, o que tem faltado no Brasil nos últimos anos.
Quando o assunto é Cultura geralmente as pessoas citam música, artes plásticas, dança, teatro etc. Mas Cultura não é só Arte.
O conceito de Cultura é bastante amplo, discutível e ainda em desenvolvimento.Desde o século XVIII, quando a Filosofia passou a se dedicar de forma mais profunda ao assunto, e desde o surgimento da Antropologia em finais do século XIX.
Sendo o homem um ser pensante, diferente dos outros seres da natureza, ele consegue racionalizar de diferentes formas.
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Frevo |

Podemos dizer que Cultura é tudo o que é produzido pelo ser humano e que não é próprio da natureza. Todas as práticas relacionadas às artes e às chamadas ciências humanas voltadas à pesquisa de cunho antropológico e social. Também o comportamento aprendido, independente da biologia genética, aspectos que o ser humano, em contato social, adquire ao longo de sua convivência, e, podemos dizer ainda, que é a partir da cultura que se formam os conceitos religiosos, suas crenças e modo de expressá-la. Portanto, Cultura é algo muito maior que Arte.
Infelizmente, em se tratando de gestão pública, o setor cultural costuma ser administrado sob o ponto de vista estético e contemplativo, ou promovendo eventos de lazer passageiro. Em vez da formação pedagógica- cultural, como é o caso das culturas material e imaterial.
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Passista de Escola de Samba |
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Bloco Filhos de Gandhi |
Com a difusão do capitalismo, a arte passou a ser mercadoria.
Segundo Márcia Tiburi, graduada em filosofia e artes, mestre e doutora em Filosofia pela Universidade Fedederal do Rio Ggrande do Sul: "Vivemos a experiência de uma sociedade afundada em diversas perspectivas, desejos, posicionamentos e, sobretudo, jogos de força. Raramente se vê nos meios de comunicação a propaganda espontânea de uma exposição de arte, de cinema, de um espetáculo de dança que escape do que pode render lucro. Há, é claro, exceções que confirmam a regra. Mesmo o patrocínio por meio de leis de incentivo é orientado a produtos da indústria da cultura muito mais do que a produtos propriamente artísticos. A cultura está reduzida ao que o mercado determina quando escoa produtos industrializados. Fazer cultura seria, neste caso, resistir diante do mercado, e poder intervir no desejo das massas.
Segundo Márcia Tiburi, graduada em filosofia e artes, mestre e doutora em Filosofia pela Universidade Fedederal do Rio Ggrande do Sul: "Vivemos a experiência de uma sociedade afundada em diversas perspectivas, desejos, posicionamentos e, sobretudo, jogos de força. Raramente se vê nos meios de comunicação a propaganda espontânea de uma exposição de arte, de cinema, de um espetáculo de dança que escape do que pode render lucro. Há, é claro, exceções que confirmam a regra. Mesmo o patrocínio por meio de leis de incentivo é orientado a produtos da indústria da cultura muito mais do que a produtos propriamente artísticos. A cultura está reduzida ao que o mercado determina quando escoa produtos industrializados. Fazer cultura seria, neste caso, resistir diante do mercado, e poder intervir no desejo das massas.
Mas há desejo fora do mercado nos dias de hoje?"
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