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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020


  • REDAÇÃO GALILEU
 ATUALIZADO EM 


Ligação química entre átomos é registrada pela primeira vez (Foto: Science Advances)

Pela primeira vez na história, cientistas da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, filmaram átomos rompendo e formando ligações químicas. O fenômeno microscópico ocorre em uma escala muito pequena, entre 0,1 e 0,3 nanômentro — o que é 500 mil vezes menor que a espessura de um fio de cabelo.
Métodos avançados de microscopia, como a microscopia de força atômica (AFM) ou a microscopia de tunelamento (STM), podem encontrar as posições dos átomos e medir diretamente o comprimento das ligações entre eles. Entretanto, registrar esses fenômenos em tempo real é algo bem mais complicado — e nem era essa a proposta do grupo no início da pesquisa.


A equipe tentava analisar dois átomos de um metal conhecido com rênio e, para isso, colocaram-nos em nanotubos de carbono. Então, sem querer, uma das moléculas presas ali escapou e parou em um espaço livre entre dois nanotubos. Lá, o vínculo entre os dois átomos de rênio se rompeu e então se ligou novamente.

Cientistas fizeram registro sem querer (Foto: Science Advances)

"Até onde sabemos, esta é a primeira vez que a evolução, a quebra e a formação de ligações [químicas] na escala atômica foram gravadas em filme. A microscopia eletrônica está se tornando uma ferramenta analítica para determinar estruturas de moléculas", disse Andrei Khlobystov, um dos pesquisadores, em comunicado


Fenômeno microscópico ocorre em uma escala 500 mil vezes menor que a espessura de um fio de cabelo (Foto: Science Advances)

Os cientistas ingleses, que publicaram o estudo no Science Advances, também descobriram novas informações sobre as ligações químicas do rênio — a proposta inicial da investigação. Segundo Stephen Skowron, responsável pelos cálculos da pesquisa, o metal estudado por eles pode formar diferentes tipos ligações, e determiná-las é importante para que os cientistas compreendam melhor as propriedades magnéticas, eletrônicas e catalíticas do material.
"Nesse experimento, observamos que os dois átomos de rênio são ligados principalmente através de uma ligação quádrupla", explicou Skowron. "Isso fornece novas ideias fundamentais sobre a química desse metal de transição."
Veja o vídeo completo capturado pelos cientistas.

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