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quarta-feira, 1 de maio de 2013

COTAS: por que a surpresa?

A imprensa noticiou nesta semana, com destaque em manchete, o menor desempenho dos cotistas em relação aos demais estudantes não cotistas, como se isso fosse um acontecimento inesperado. Inesperado seria se fosse o contrário. Se eles estão incluídos nos programas de beneficiamentos é justamente porque, acredita-se,  não têm condições de disputar o vestibular com os estudantes egressos de escolas particulares, que, na sua maioria, são os que desfrutam de melhor classificação no funil seletor do vestibular tradicional. Esse desempenho pífio só veio confirmar que o problema é de base. Não é ingressando na faculdade que o problema estará resolvido. Queimar etapas em se tratando de educação é irresponsabilidade tão grave quanto comprar um atestado falso de conclusão de curso. Apesar da boa intenção, o critério racial de cotas não atinge seus objetivos, visto que, em se tratando de Brasil, é muito difícil saber quem se considera negro, branco ou mestiço seja oriundos de escolas públicas ou não. Aqui não é os Estados Unidos, de onde se importou a ideia, infelizmente distorcida. Nunca se ouviu falar que alguém tenha sido impedido de entrar na universidade brasileira por ser negro.Talvez, em elevadores sociais de prédios de luxo, atitudes que, hoje em dia,  tal proibição, sem cabimento, já não se vê. Vencer bem as etapas básicas de educação fundamental é a única forma de ascender socialmente com dignidade, seja através de um diploma de nível superior ou de técnico de nível médio, que o mundo moderno exige. Melhor que julgar quem é negro ou branco, pobre ou rico, é encontrar uma forma de investir melhor em educação com os recursos oriundos dos impostos que pagamos e que são muitas vezes desviados ilicitamente. Não se investe melhor em educação com ações populistas governamentais e sim com acompanhamento, da escolha de ministros a gestão das unidades escolares, passando pela melhoria de qualificação e salários de professores. 

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