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celular, amplia a mobilização popular (Foto google) |
Os espaços das mídias sociais estão estimulando, com sua facilidade em promover a rápida comunicação, a transformação e ampliação da mobilização popular. Os protestos se espalham com rapidez de segundos através da internet, principalmente depois do uso do celular com esse recurso. Foi assim que na Tunísia e em outros países árabes, a manifestação popular tomou corpo. Na Tunísia, em dezembro de 2010, jovens da cidade iniciaram um protesto contra o sistema político e econômico, vigente no país por mais de duas décadas, após ouvir e ler sobre o episódio que levou um vendedor ambulante a atear fogo sobre o corpo por ter tido sua mercadoria apreendida por policiais. Mensagens em blogues, Facebook, Twitter logo invadiram os espaços virtuais da cidade de Sidi Bouzid, a 200km de Tunis,capital do país, onde o ambulante vendia frutas e morreu 18 dias depois da autoimolação. Em menos de 40 dias o movimento levou à derrubada do presidente Ben Ali, há 23 anos no poder. Os manifestantes enviaram e receberam mensagens de apoio e solidariedade de organizações do mundo todo. Organizaram passeatas, queimaram carros, derrubaram bandeiras usando recursos do ciberespaço tornando viável o movimento, através do uso dos celulares com acesso à internet, que também facilitou a fuga da repressão oficial. Tudo isso em tempo real.
Também em Brasília, em 7 de setembro de 2001, um protesto organizado usando exclusivamente o Facebook levou mais de vinte mil pessoas à protestarem nas ruas contra os escândalos políticos e pedir a cassação da deputada Jaqueline Roriz. Estes são alguns dos exemplos que com certeza irão se repetir nesta sociedade em que vivemos, onde o acesso às informações, inclusive as confidenciais de governos, via WikiLeaks, podem se tornar corriqueiras e até mesmo assustadoras em alguns casos.
Apesar da tentativa de repressão à imprensa, vimos que o julgamento do mensalão em Brasília pode ser acompanhado, não só pela televisão como pela internet, e o assunto foi amplamente abordado no Facebook e Twitter. E isto com certeza mudou a face da política brasileira, com o resultado em condenação da maioria dos envolvidos no escândalo do uso de dinheiro público em prol do crime de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Infelizmente nem tudo é positivo no mundo virtual. Há também o lado ameaçador que expõe as pessoas a perigos, como já constatamos através de noticiários. O segredo é saber usar este meio com cautela e inteligência.
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