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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer, 104 anos foi pouco.

A duração de vida das pessoas deveria ser proporcional à sua importancia no mundo, ao seu valor como pessoa, as suas intenções. Aqueles que trazem o gene do bem poderiam trazer acoplado o gene da super longevidade, pois assim poderíamos desfrutar por mais tempo da sua presença, do seu convívio. Estou falando de gente como Oscar Niemeyer, que apesar de ter vivido 104 anos foi pouco em relação aos projetos que ainda tinha em mente, ao valor que teve na divulgação do Brasil lá fora de forma positiva e que nos deixou orgulhosos de sermos brasileiros. Coisa que não vemos no dia a dia das corrupções e violências que tanto nos entristecem. Artista, humanista, arquiteto das curvas e muito mais que isto, Gente. Brasília poderia perfeitamente expulsar todos os seus governantes de lá e deixar apenas a obra de Niemeyer, que é o que salva a capital. Ouvi do seu arquiteto criador, numa de suas entrevistas, a sua decepção diante da insensibilidade do governo para com os moradores das cidades satélites, que vivem à margem como se não fizessem parte de nada daquilo que projetou. Os "candangos" que ajudaram na construção da Brasília ficaram de fora da cidade. Que cidade é esta que não inclui seus habitantes mais desfavorecidos? Imagino a frustração de  Niemeyer, que costumava ajudar os mais carentes, ao ver, com seu olhar generoso, o sofrimento dos que realmente moram ao redor da cidade, esta que nos fins de semana fica praticamente vazia porque seus "habitantes" voam para suas bases. Quero, por isto, deixar aqui registrada a minha admiração por este brasileiro que ajudou a mudar o cenário do Brasil com seu traço leve, com seu olhar futurista tão bem expresso no seu semblante calmo.

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