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Nos anos 60 as mulheres tiraram os sutiãs para protestar contra a repressão sexual e a favor da pílula anticoncepcional e do aborto. Acho que agora é hora de se protestar contra o abuso sexual, da exposição gratuita da nudez feminina nos meios de comunicação, da exportação de imagens com apelo sexual para países estrangeiros, principalmente nesse período de carnaval quando o turismo é incentivado. Não vai aqui nenhuma censura aos meios de comunicação nem se trata de puritanismo. Mas é um paradoxo, o que se vê. Pois \ao mesmo tempo que se combate o turismo sexual no Brasil e a exploração de menores no mundo da prostituição, faz-se chamada do carnaval na televisão mostrando uma garota praticamente nua, sambando, a Globeleza. Concordo com ator Pedro Cardoso quando diz que as atrizes são expostas a nudez e sexo explícito em cinema e novela, sem que haja nenhuma necessidade no contexto da história do personagem. Na novela Gabriela, que esteve no ar por vários meses no ano passado, houve uma excesso de exposição da nudez de Juliana Paes, a Gabriela, com cenas de sexo explícito de vários personagens. Aliás, acredito que a história original escrita por Jorge Amado nos livros, tenha muito mais a oferecer de útil. Nem é preciso comentar sobre o tal BBB. Para combater o turismo sexual, como quer a sociedade, é necessário começar pelos meios de comunicação televisivo. Sabemos que os programas da rede Globo é visto no mundo todo, levando a imagem do Brasil que, com certeza, deve influenciar turistas de todo o tipo. É comum, nesta época de festas em Salvador, vermos estrangeiros acompanhados de garotinhas muitas vezes pobre e de menor. Elas aproveitam para "faturar uma grana" nessa época, como costumam dizer. Lá fora eles associam as brasileiras a mulheres fáceis, para não usar termos mais pesados, e vem para o Brasil fazer o que não fazem lá.. Mas a culpa não é só da mídia. As próprias mulheres não se dão valor, e se submetem por qualquer preço. Já estamos vendo aulas de inglês para prostitutas visando a copa de 2014. E o pior é que a fama fica generalizada. Outro dia uma brasileira, que fazia um curso na Inglaterra, e namorava um inglês, queixou-se dizendo que o amigo deste, também inglês, perguntara para seu namorado se era possível "arranjar" uma pra ele também. Claro que ela se ofendeu e o namorado teve que explicar que ela não era o que ele, o amigo, estava pensando. Fica difícil até mesmo para brasileira que precisa de vistos, de passaportes ou passar pelo setor de imigração estrangeira ter que provar que "sou brasileira mas sou decente". Triste fama.
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