Jesus Cristo, que não cometeu crime, na Sua última refeição usou o pão e vinho como mensagem aos Seus discípulos, que só vieram a entender depois. Mas que mensagem um criminoso condenado a pena de morte pode mandar ao pedir um determinado cardápio na sua última refeição?
Dizem que o condenado só pode pedir uma refeição dentro das possibilidades da cozinha do presídio, a qual não pode ultrapassar de 40 dólares. Mas, em 2011, o Estado americano do Texas (que lidera o ranking de execuções nos EUA) para evitar desperdício, decidiu proibir no corredor da morte a escolha da última refeição, após um condenado ter requisitado uma farta ceia e nem sequer tenha tocado na comida antes de ser executado.
Ao jornal Houston
Chronicle, o ex-cozinheiro de penitenciárias Brian Price, autor de
um livro sobre últimas refeições, disse que os condenados à morte raramente
recebem ceias tão extravagantes. Ele opinou que o senador está fazendo uso
político da situação."Eles
(os condenados) só comem itens presentes na cozinha (do presídio). Se pedirem
cem tacos mexicanos,
receberão dois ou três", afirmou Price.(Fonte Google)
Recentemente, li que uma Chef de Cozinha fotografou os diversos pratos pedidos na última refeição dos condenados, sendo que a Pizza estava entre os mais solicitados. Até mesmo uma simples azeitona estava entre os pedidos. Porém o que mais me pareceu curioso foi o pedido de um bolo de aniversário e uma pizza. (foto da Chef)
Ora, não consigo imaginar e muito menos me colocar na situação de um condenado a beira de uma execução de morte, a qual acredito ser terrível. Pensar no condenado realizando um desejo culinário, nem mesmo se ele pudesse exigir o mais sofisticado, difícil e caro cardápio do planeta. Acredito que aqueles que pedem e não comem, estão devolvendo o deboche, a hipocrisia. Não me compete aqui discutir a validade da pena de morte. Sei que a maioria deles praticou crimes hediondos contra a vida de suas vítimas e estão pagando pelos seus crimes. Mas se é para realizar o último desejo que não estabeleçam regras tão rígidas. Estipular em 40 dólares a refeição, enquanto o custo do coquetel das drogas para a execução fica em torno de 86 dólares e o executor do "serviço" recebe 156 dólares, traduz hipocrisia. Melhor seria se o condenado recebesse um purgativo para eliminar toda a impureza adquirida neste mundo a fim de purificar-se para o outro.
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