Faz algum tempo que venho observando que a prepotência está se tornando um comportamento corriqueiro. A prepotência é um sentimento, falso, de superioridade. Pessoas que de repente assumem um cargo, mesmo sendo ele pequeno, muitas vezes subalterno a um outro superior, mudam de postura e vão da arrogância à grosseria. Todas as outras pessoas são vistas pelo prepotente como inferiores. A prepotência é sinônimo de tudo que é mal visto: despotismo, autoritarismo, ditadura, opressão, tirania, que muitas vezes leva à violência, constrangimentos e até ao assédio moral e sexual. O prepotente geralmente subestima a capacidade do outro, porque só ele sabe tudo, só ele está certo, só ele pode. São pessoas que precisam de auto-afirmação, porque têm complexo de inferioridade, ou vem de uma situação antes tida como inferior. Ascender a uma classe social, econômica, ou profissional, quando por meritocracia, é muito bom e louvável. Acontece que, ultimamente, está havendo uma inversão de valores e pessoas estão assumindo posições, muitas vezes por apadrinhamentos, sem nenhum preparo técnico e psicológico sem se dar conta disto. Talvez influenciadas pela situação política do país, onde os poderosos pensam que estão acima do bem e do mal e vão passando por cima dos valores morais e éticos, como é o caso do badalado Mensalão. Mas a prepotência não está só nos meios profissionais ou sociais, muito embora aí seja mais comum. Está também nas relações homem-mulher, pais e filhos, professor-aluno, médico-paciente, patroa-empregada etc.
Na minha visão experiente tenho constatado muitos finais infelizes de pessoas que se auto-condecoraram superiores. A solidão é um desses. Quantos presidentes ditadores terminaram no ostracismo? Portanto, o único conselho que tenho para os que ainda não se deram conta do ridículo que é a soberba, que façam um exercício de reflexão e humildade, como fez o primeiro astronauta a pisar na lua, morto recentemente, Neil Armstrong(foto), que ao contemplar o Planeta Terra lá de cima, se deu conta do quão insignificante é o homem diante da grandiosidade do Universo. Armstrong é considerado o mais humilde de todos os astronautas e, apesar disso, é o mais lembrado de todos.
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