Para se alcançar uma pedra ou um metal precioso faz-se necessário escavar o seu entorno, que, na maioria das vezes, exige muita força e perseverança. Se desistirmos nos primeiros obstáculos jamais teremos o prazer de contemplar o seu valoroso brilho. Mas se persistirmos, o tempo se encarregará de fazer aflorar diante de seus olhos o que estava submerso. E, então, todas aquelas camadas sobrepostas, que quase lhe fez desistir, se transformam em luz brilhante.
Isto quando temos sorte. Quando não, leva-se uma vida buscando, e no final o que aflora é um buraco fundo que exige cuidado para não imergirmos na sua escuridão. Mas, embora o garimpo deixe algumas seqüelas, há o lucro do prazer de ter escalado montanhas, apreciado paisagens, nadado em rios, absorvido o calor do sol e o brilho da lua.
É assim também na vida. Muitas vezes convivemos com pessoas que esconde dentro de si esse brilho, ou apenas um fosso escuro, sufocado por duras camadas que o tempo lhe impôs. Resta saber se o entorno valeu a pena.
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