O Dia Nacional do Livro , comemorado em 29 de Outubro, é em
homenagem à data de fundação da Biblioteca Nacional, 29 de outubro de 1810.
Confira a lista:
1. Dom Casmurro, de Machado de Assis
O romance é narrado em primeira pessoa por José Bento, o
Bentinho (apelidado, na velhice, de Dom Casmurro, por viver recluso e
solitário), que tenta reviver emoções afetivas com o objetivo de reconstituir o
passado e sua história amorosa com Capitolina (apelidada Capitu). Torturado
pelo ciúme, por não saber se Capitu havia ou não o traído com o amigo Escobar,
Bentinho não consegue mais suportar a presença da mulher e do filho Ezequiel.
Decide, então, separar-se deles.
Em seguida, faz uma viagem com a família à Europa, onde
ficam Capitu e Ezequiel. Bentinho volta sozinho ao Brasil. Após alguns anos,
Capitu morre, sem ter retornado ao País ou revisto o marido. Ezequiel, já moço,
faz uma única visita ao pai, morrendo pouco depois numa viagem de estudos ao Oriente.
Bentinho, já velho, fecha-se cada vez mais na sua vida solitária, quando passa
a ser chamado de Dom Casmurro. É nessa fase que decide escrever a história de
sua vida.
2. Amálgama, de Rubem FonsecaEm ‘Amálgama’, mais novo livro de contos de Rubem Fonseca,
residem todos os elementos (o erotismo, a violência, a velocidade narrativa, o
clima noir) que consagraram o autor de Lúcia McCartney. Rubem Fonseca consegue
construir uma narrativa que se desenha ao longo dos contos e, ineditamente, das
poesias. Personagens e situações unidos pela tristeza, pela dor, pela raiva,
pelo fracasso, pela ternura e pelo amor, um verdadeiro amálgama de vidas que se
constroem e se destroem num instante.
Mario de Andrade publicou 'Macunaíma' em 1938. Por falta de
editora, a tiragem do romance foi de apenas 800 exemplares, mas o livro foi
festejado pela crítica modernista por sua inovação narrativa e de linguagem.
Macunaíma é o herói sem caráter, símbolo de um povo que não descobriu sua
identidade. Uma releitura do folclore, das lendas e mitos do Brasil, escrita
numa linguagem popular e oral.
5. Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
Patriota doente, Quaresma teria enlouquecido se a Revolta da
Armada não lhe desse a oportunidade de provar seu amor à pátria. Mas que pátria?
Funcionários civis e militares sugando o Estado em benefício próprio?
Criticando os costumes políticos brasileiros, o romance enfatiza a necessidade
de se repensar nossa realidade social, constituindo um grito de protesto em
meio à indiferença geral.
6. Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu
A busca, a dor, o fracasso, o encontro, o amor e a esperança
estão presentes na série de contos que se entrelaçam como se fossem um romance
nesta obra.
7. Grande sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Na obra de Guimarães Rosa, o sertão é visto e vivido de uma
maneira subjetiva e não apenas como uma paisagem a ser descrita, ou como uma
série de costumes que parecem pitorescos. Sua visão resulta de um processo de
integração entre o autor e a temática. Dessa integração a linguagem é o reflexo
principal. Para contar o sertão, Guimarães Rosa utiliza-se do idioma do próprio
sertão, falado por Riobaldo em sua narrativa. São os elementos básicos da
condição humana que, em última análise, encontramos em 'Grande Sertão -
Veredas' o que ela tem de mais fundamental: o amor, a morte, o sofrimento, o
ódio, a alegria.
8 Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato
Reinações de Narizinho, um clássico da literatura infantil
brasileira que continua atual como nunca, reúne histórias escritas por Monteiro
Lobato em 1920. O livro narra as primeiras aventuras que acontecem no Sítio do
Picapau Amarelo e apresenta Emília, a boneca de pano tagarela e sabida; Tia
Nastácia, famosa por seus deliciosos bolinhos; Dona Benta, uma avó muito
especial; e sua neta Lúcia, a menina do nariz arrebitado. Lúcia, mais conhecida
como Narizinho, é quem transporta os leitores a incríveis viagens pelo mundo da
fantasia.
Reinações de Narizinho apresenta os principais personagens
do Sítio do Picapau Amarelo
Tudo começa com uma inesperada visita da neta de Dona Benta
ao Reino das Águas Claras e com a chegada de seu primo, Pedrinho, ao Sítio,
para mais uma temporada de férias. Depois do passeio pelo Reino das Águas Claras,
as reinações de Narizinho ficam ainda melhores. As crianças se divertem fazendo
o Visconde com um sabugo de milho e planejando o casamento de Emília com o
leitão Rabicó.
9. Horas de desespero, Pedro Bandeira
Um grupo de presidiários foge da prisão levando o diretor
como refém. Um dos condenados sugere que o grupo se esconda na escola da
favela, onde ele estudou e que conhece muito bem. Os alunos e professores
também são feitos reféns e a polícia cerca a escola. Os bandidos ameaçam matar
as crianças, caso seus pedidos não sejam atendidos. Somente com muita coragem e
heroísmo essa situação poderá ser resolvida sem que vidas sejam perdidas.
10. A morte e a morte de Quincas Berro D'Água, de Jorge
Amado
Se arte tenta, sem entrar em discussões conceituais, ao
menos abarcar com força os seres humanos, mudá-los de lugar, fazê-los sentir
cheiros e gostos, ter novos questionamentos e anseios, então, não há dúvidas:
‘A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água’ é uma obra de arte da maior
grandeza. Neste curto romance, Jorge Amado conta a história da morte (ou das
mortes, como saberá o ouvinte) de Quincas Berro D'Água.
Quincas é um funcionário público que deixa a enfadonha vida
em família e o dia-a-dia burocrático para viver como bem entende, bebendo
cachaça e amando as mulheres e o mar. Sua morte põe em xeque os valores e
sentimentos da família, dos amigos e da própria sociedade. Quem é o defunto? É
o respeitável funcionário Joaquim? Ou o vagabundo beberrão que vagava pelas
ruas de Salvador? O ligeiro sotaque da atriz Nevolanda Pinheiro, também nascida
na terra de Jorge Amado, encarrega-se de ressaltar o recheio de humor e lirismo
que o escritor baiano usa para contar direitinho como tudo aconteceu. Por que a
fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D'Água? Quem
eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas
morreu?
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